O comunicador e icone da cultura amazonense José José Marques Marinho morreu em Manaus neste domingo, às 11 horas, aos 76 anos de idade, em sua residência, após uma parada cardiorrespiratória. Nascido na cidade de Porto, em Portugal, em 1º de maio de 1943, Joaquim Marinho viveu por mais de 60 anos na capital amazonense, onde foi grande expoente da comunicação, cultura e arte na cidade, mantendo durante décadas cinemas no centro da capital.
A filha de Joaquim, Patrícia Marinho disse que o pai deixará muitas saudades e que ele lutou até o fim contra a doença do mal de Alzheimer e outras complicações provenientes da diabetes. “A luta contra a doença foi grande, mas hoje ele fechou os olhinhos, nos deixou. Estava em casa com a família, não estava internado. Meu pai foi um grande exemplo e fará muita falta”, lamentou.
Em janeiro, o Blog do Mário Adolfo mostrou que a família havia colocado à venda .
Quem viveu em Manaus no período de 1960-1990 viveu um dos ciclos de efervescência da cultura do Amazonas. E boa parte desses eventos passava por Joaquim Marinho, fosse na música, no cinema ou na literatura.
Joaquim parava a cidade quando lançava filmes que estavam estreando em circuito nacional, em uma de suas seus salas – Cines Chaplin, Grande Otelo, Oscarito, Carmen Miranda, Novo e Cantinflas. Hora reeditava o “Catecismo”, de Carlos Zefiro, lançaVa um vinil inédito no seu programa de rádio ‘Zona Franca’ ou trazia a Manaus caras geniais de seu ciclo de amizade, como Ziraldo, Henfil, Fausto Wolf, e outros da patota do Pasquim.
NOTA DE PESAR DA PREFEITURA DE MANAUS
O prefeito de Manaus, Arthur Virgílio Neto, e a primeira-dama, Elisabeth Valeiko Ribeiro, lamentam profundamente a morte do comunicador e ícone da cultura amazonense, José Joaquim Marques Marinho, ocorrida às 11h deste domingo, 2/6, aos 76 anos de idade, após uma parada cardiorrespiratória em sua residência.
“Joaquim Marinho se mostrou um grande homem e democrata em momentos importantes do País. Uma pessoa sempre vanguardista, que contribuiu para manter a cultura viva do Brasil e do nosso Estado”, lembrou o prefeito.
Pelo falecimento de Joaquim Marinho, a Prefeitura de Manaus irá decretar três dias de luto oficial.
NOTA DE PESAR DO GOVERNO DO AMAZONAS
O governador do Estado, Wilson Lima, lamentou a morte do radialista, escritor e empresário Joaquim Marinho, neste domingo (2/6), em Manaus. “Os amazonenses perdem uma importante referência na área cultural do nosso Estado. Com sua paixão pela arte, ele construiu seu nome em Manaus e norteou uma geração com seu ponto de vista particular sobre cinema, música e literatura”, destacou o governador.
Joaquim Marinho, que vinha enfrentando complicações em razão da diabetes, Alzheimer e problemas cardíacos, morreu aos 76 anos. Nascido em Porto, Portugal, ele veio para Manaus ainda garoto. Aqui, trilhou um caminho todo voltado para a cultura. Foi integrante do Grupo de Estudos Cinematográficos (GEC), cineclube criado nos anos 1960 na capital amazonense. Por anos foi dono de uma rede de cinemas no centro da cidade. Em 2013, recebeu o título de Cidadão do Amazonas concedido pela Assembleia Legislativa do Estado (ALE-AM).
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