A entrevista do superintendente da Suframa, Bosco Saraiva, ao G6, continua repercutindo. Desta vez foi a vez ex-deputado federal Marcelo Ramos (PT) criticar duramente o ex-superintendente Coronel Menezes, que reapareceu defendendo a política do governo Bolsonaro em relação à Zona Franca de Manaus. Em vídeo divulgado, Ramos classificou como “cara de pau” a tentativa de reescrever a história e negou que a gestão do ex-presidente tenha sido benéfica para o Pólo Industrial de Manaus (PIM).
“O tal coronel, ex-superintendente da Suframa, para contestar uma declaração do atual superintendente, disse que o ex-ministro Paulo Guedes e o ex-presidente Bolsonaro nunca atacaram a Zona Franca. Os fatos são públicos e notórios”, afirmou o ex-deputado, relembrando episódios que, segundo ele, demonstram os ataques do governo anterior ao modelo econômico da região.
Ramos citou uma reunião da bancada federal com Paulo Guedes, na qual o ex-ministro da Economia afirmou o que seria “mais barato pegar o dinheiro dos incentivos da Zona Franca e jogar de helicóptero para o povo”, insinuando que a população local dependeria de esmolas e não de trabalho digno. Além disso, recordou quando Guedes classificou o polo de concentrados como uma “fábrica de xarope”, em tom pejorativo.
Outro ponto levantado por Marcelo Ramos foi o decreto assinado por Jair Bolsonaro que zerava o Imposto sobre Produtos Industrializados (IPI) para produtos da Zona Franca fabricados em outros estados. Segundo o ex-deputado, a medida só não entrou em vigor porque a bancada federal amazonense, por meio do partido Solidariedade, ingressou com uma Ação Direta de Inconstitucionalidade no STF. O ministro Alexandre de Moraes determinou que o IPI dos produtos da Zona Franca não poderia ser zerado fora do Amazonas, protegendo a competitividade do polo industrial.
Ao comparar gestões, Ramos defendeu que os números demonstram o compromisso do atual governo com o desenvolvimento da região.
Para ele, o modelo econômico da Zona Franca é fundamental para garantir arrecadação e investimentos no Amazonas, financiando escolas, hospitais e universidades, além de gerar empregos diretos e indiretos. O ex-deputado concluiu afirmando que “a verdade dos fatos não pode ser contestada pela mentira de quem tem uma cara de pau deslavada”.
