Lançada há poucos anos no Brasil, a campanha Março Lilás, alusiva ao combate ao câncer de colo uterino, entrou oficialmente para o calendário do Amazonas e veio para reforçar a importância da realização dos exames de rastreio da doença. Considerada uma doença 100% prevenível, o câncer de colo uterino é primeiro em incidência entre as amazonenses.
A Lei é de autoria do deputado Luiz Castro (REDE) e foi aprovada em dezembro de 2018. A campanha visa sensibilizar a população para a importância da prevenção e do diagnóstico precoce do câncer de colo de útero, com orientações sobre o tratamento adequado, bem como sobre o encaminhamento dos casos às instituições de saúde pública, especializadas.
A doença tem contado com uma fórmula capaz de erradicá-la a longo prazo. A receita inclui medidas simples, como a vacinação contra o vírus HPV (Papiloma Vírus Humano – causador desse tipo de neoplasia maligna), o uso do preservativo durante as relações sexuais e a realização anual do preventivo (Papanicolau), a partir do início da vida sexual.
“O processo educativo, envolvendo as escolas públicas e privadas, e o informativo, abrangendo pais e responsáveis, é de extrema importância para que consigamos sensibilizar a população sobre a necessidade de se combater o HPV e, consequentemente, o câncer de colo de útero. Nesse contexto, campanhas como o Março Lilás e Outubro Rosa são essenciais, já que ambas trabalham a temática de prevenção a esse tipo de neoplasia maligna no Amazonas”, destaca a ginecologista Mônica Bandeira de Melo, da Fundação Centro de Controle de Oncologia do Estado do Amazonas (FCecon).
No último dia 11, o governo do Estado publicou em seu Diário Oficial (DOE), a lei 4.768, que institui a campanha no âmbito do Amazonas. A publicação foi assinada pelo governador Wilson Lima e outros dois secretários de estado. A lei determina que o movimento seja comemorado anualmente e que tenha como símbolo um laço lilás. “A campanha tem por objetivo sensibilizar a população quanto à prevenção e o diagnóstico precoce do câncer de colo uterino, orientação a respeito do adequado tratamento, bem como, o encaminhamento para as instituições de saúde públicas especializadas”, diz o texto.
No caso do Amazonas, além da Fundação Centro de Controle de Oncologia do Estado do Estado (FCecon), a população também pode contar com unidades de saúde habilitadas para ofertar parte dos tratamentos assistenciais voltados ao combate ao câncer, como o Hospital Universitário Getúlio Vargas (HUGV), da Ufam, e a Sensumed Oncologia, parceiros no reforço à Política de Atenção Oncológica, lembra Marília Muniz.
Considerada uma das apoiadoras da política contra o HPV no Amazonas, a ginecologista Mônica Bandeira de Melo explicou que a principal expectativa é que, futuramente, o câncer de colo uterino seja erradicado, evitando milhares de mortes no Brasil.
“Para que isso ocorra, é preciso fortalecer as campanhas de combate ao vírus. Recentemente, a Austrália anunciou que será o primeiro país a erradicar o câncer de colo de útero. Também queremos entrar nessa lista, como um dos países que mais combate a doença”, frisou. O câncer de colo uterino se desenvolve através de lesões ocasionadas pelo HPV e que não são tratadas na fase pré-maligna.
A Lei