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“Massacre do Compaj”: Julgamento dos dois primeiros acusados entra no segundo dia

Nesta quarta-feira, os juízes que compõem o colegiado que preside o julgamento vão ouvir três testemunhas

A  2.ª Vara do Tribunal do Júri da Comarca de Manaus retomou, às 10h11 desta quarta-feira (10/12), o julgamento de Anderson Silva do Nascimento e de Geymison Marques de Oliveira, réus no processo n.º 0211356-90.2018.8.04.0001, desmembrado do processo original relativo ao “Massacre do Compaj”, como ficou conhecida a rebelião ocorrida no Complexo Penitenciário Anísio Jobim, em Manaus, em 1.º de janeiro de 2017, e que resultou na morte de 56 pessoas.

Na terça-feira (9) – primeiro dia do júri - foram realizadas as oitivas de seis testemunhas, com a sessão sendo suspensa às 20h. Nesta quarta-feira, os juízes que compõem o colegiado que preside o julgamento vão ouvir três testemunhas. A previsão era ouvir ao todo, 15 pessoas, mas a defesa dos réus e a acusação (Ministério Publico) abriram mão de alguns depoimentos, diminuindo o número para nove pessoas ouvidas nos dois dias. Após a oitiva das testemunhas, serão interrogados os dois réus. Havendo tempo ainda nesta quarta-feira, serão iniciados os debates entre defesa e acusação.

Anderson Silva do Nascimento está preso e foi apresentado para julgamento, no Fórum de Justiça Ministro Henoch Reis. Geymison Marques de Oliveira está em liberdade provisória e não compareceu ao júri. Seu advogado, presente em plenário, solicitou a participação do réu por videoconferência, o que foi autorizado pelo Colegiado de Magistrados.

Anderson Silva do Nascimento e Geymison Marques de Oliveira respondem pelos crimes acumulados, incluindo: homicídio qualificado (56 vezes), praticado por motivo torpe, meio cruel e recurso que dificultou a defesa das vítimas; vilipêndio de cadáver (46 vezes, referente aos atos de esquartejamento e decapitação); tortura (26 vezes, contra as vítimas antes da morte); organização criminosa (pela afiliação e atuação estruturada dentro de uma facção criminosa).

O julgamento está sendo presidido por um colegiado de magistrados. O Ministério Público também destacou três promotores para atuar no primeiro julgamento.

Este é o primeiro de uma série de 22 processos a serem julgados, relativos ao “Massacre do Compaj”. Os outros 21 processos estão na pauta da 2.ª Vara do Júri para o ano de 2026.

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