Fábio Vianna de Souza Santana, de 34 anos, mecânico e proprietário de uma oficina, foi brutalmente executado com dois tiros dentro de uma clínica de fisioterapia na Rua Xiborena, bairro São José 1, zona Leste de Manaus, nessa terça-feira (27/05). Ele se recuperava de um atentado sofrido em fevereiro, o que sugere que a execução pode ter sido um "acerto de contas", conforme as investigações preliminares. A matéria é do TH.
Segundo a Polícia Civil do Amazonas (PC-AM), quatro homens armados invadiram o estabelecimento em dois veículos. Eles renderam todos os presentes, amarraram Fábio e o obrigaram a fazer transferências via Pix antes de matá-lo.
Após as transações, ele foi executado com dois tiros à queima-roupa, um no peito e outro na cabeça. A ação foi rápida e deixou funcionários e pacientes em pânico. Os criminosos fugiram logo em seguida e ainda não foram identificados.
Testemunhas acionaram a 14ª Companhia Interativa Comunitária (Cicom) e a Ronda Ostensiva Cândido Mariano (ROCAM) logo após o crime. O Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (Samu) foi acionado, mas apenas constatou o óbito da vítima. O corpo de Fábio foi removido pelo Instituto Médico Legal (IML), e o local passou por perícia.
Segundo o delegado Fábio Silva, adjunto da Delegacia Especializada em Homicídios e Sequestros (DEHS), a vítima não possuía antecedentes criminais. Solteiro e sem filhos, Fábio foi descrito como "um homem trabalhador e respeitado pela comunidade".
Vítima de outro atentado
Após a execução de Fábio, as investigações preliminares ganharam um novo rumo com a circulação de vídeos nas redes sociais.
No 13 de fevereiro deste ano, Fábio foi cercado e baleado por criminosos na saída de uma academia, durante uma suposta tentativa de assalto. Na ocasião, ele conseguiu reagir e escapar dos assaltantes.
Desde então, Fábio realizava sessões de fisioterapia para tratar os ferimentos. O episódio, agora é analisado como possível ligação para a execução desta terça-feira.
Investigação
A DEHS trata o caso como homicídio doloso qualificado e avalia imagens de câmeras de segurança próximas à clínica para tentar identificar os autores. A principal linha de investigação aponta para um acerto de contas.
Há, também, indícios de que a vítima poderia estar envolvido com empréstimos ilegais ou dívidas com grupos criminosos, o que pode ter motivado tanto o primeiro atentado quanto sua execução.
“Estamos apurando se havia algum envolvimento com atividades financeiras clandestinas. Tudo ainda é preliminar, mas essa é uma das hipóteses mais fortes no momento”, acrescentou o delegado da DEHS.