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Em seus planos para manter a paixão do torcedor amazonense pelo Manaus FC – despontada na reta final da campanha pelo acesso à Série C –, o presidente de honra do Clube, Luís Mitoso, não descarta a possibilidade de trazer um grande nome para atrair o público. A revelação foi feita em entrevista ao editor do Blog do Mário Adolfo.

— O senhor já tem esse nome? – pergunta o repórter.

— Tenho sim. Loco Abreu, que jogou  Botafogo, mas ainda não tem nada acertado. No entanto, eu sei como chegar até ele – revelou Mitoso.

O uruguaio Loco Abreu, ídolo no Botafogo, esteve no dia 1o de agosto no Rio de Janeiro para participar da homenagem ao goleiro Jefferson, no Nilton Santos, onde o clube  lançou uma camisa retrô do ex-jogador. Em 2017 chegou a flertar com o Manaus FC, mas o acerto não saiu. Hoje, joga no Boston River, da primeira divisão do Uruguai.

Durante a conversa com o BMA, o presidente de honra do Gavião disse que os plano são muitos para 2020 e um deles é conseguir um Centro de Treinamento, que o clube ainda não tem.

— Seria uma ideia muito feliz se o Estado nos delegasse a administração da Arena ‘Carlos Zamith’, a exemplo do que acontece no Rio de Janeiro, com o Maracanã e Nilton Santos. Um CT é fundamental para a estrutura de um clube que pretende avançar à série B – disse  dirigente,

Mitoso disse que o Manaus nasceu da “vontade de acertar”. Por isso, desde o início, ele e os dirigentes do clube tinham a consciência de que teriam que fazer algo diferente:

— Montamos então um novo clube, com uma nova história, do zero. O apelo foi botar um nome sugestivo, Manaus ou Amazonas, até para resgatar algo que estava esquecido no futebol, sem projeção. Venceu Manaus.

— Foi proposital a cor verde? É uma associação à floresta Amazônica, nosso maior patrimônio?, – pergunta o repórter.

— Acho que foi um mote legal. Também colocamos no escudo algo que representava a cidade. O que temos de mais importante, culturalmente falando, na nossa cidade? O Teatro Amazonas. Então comecei a desenhar o escudo pela cúpula do teatro e, recentemente, adicionamos o amarelo. Temos, inclusive, que mudar o estatuto do clube por causa disso.

Mitoso também destacou o mascote do clube.

—  Escolhemos o gavião real, uma ave de rapina que habita na nossa floresta e é um predador (risos).

POLÍTICA

Ao ser perguntado se abandonou a política para se dedicar exclusivamente ao futebol, Luís Mitoso disse que não, porque “sou político. E não tem como dizer que deixei a política”.

— Sou suplente de vereador e do senador Omar Aziz. Uma coisa não elimina a outra. Futebol é uma coisa à parte, a política é outra, e as duas acabam se encontrando – disse ele.

O dirigente do Gavião ainda contou que nos três jogos finais do Manaus, contra Caxias, Jacuipense e Brusque, o clube conseguiu uma boa renda com bilheteria. E  esse dinheiro será usado em benefício do Manaus.

— Tivemos muitas despesas esse ano, fomos às ruas vender rifas, fiz um empréstimo pessoal para pagar parte da folha do clube, mas sanamos todas as dívidas do Manaus. A renda obtida com a bilheteria será usada em benefício de uma estrutura voltada para a Série C. É um custo maior.

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