Dados do IBGE deste ano colocam Manaus na segunda colocação do ranking nacional de domicílio em “aglomerados subnormais” ou moradias precárias, atrás apenas de Belém, por estarem localizados em áreas que apresentam restrições à ocupação e de difícil deslocamento de casa para o trabalho. São cerca de 348,7 mil moradias nessas condições, além de 128 mil famílias sem casa própria, de acordo com outro dado alarmante do IBGE (2018).
Para o candidato a prefeito de Manaus, José Ricardo, da Coligação Manaus pela Vida, pelos Pobres (PT/Psol/Rede/PCB), esse é um grande desafio que irá encarar na Prefeitura, com um programa específico de apoio a moradias. Dentre as propostas, está o loteamento de terras urbanizadas pela Prefeitura e vendidas a preços populares, para quem não tem casa.
“Vamos comprar terrenos que estão parados, aguardando a valorização imobiliária e dar uma função social à terra. Queremos incentivar o financiamento dessas casas, reduzindo o déficit habitacional, e aumentando a geração de emprego e renda, por meio da construção civil. A habitação social deve estar em todos os bairros e deve ser para todos”, declarou José Ricardo.
Nos últimos 12 anos, a Prefeitura entregou pouco mais de 1,4 mil moradias. Por outro lado, em menos de oito anos, gastou mais de R$ 500 milhões em propaganda. “Um descaso com as pessoas que precisam. Vamos começar a mudar essa realidade”, disparou o candidato, lembrando de ocupações recentes, que resultaram em reintegrações desastrosas e traumatizantes à população, como o Monte Horebe e o Cidade das Luzes, resultado da falta de políticas de moradia, o que gera o desordenamento urbano e as ocupações.