Habitantes dos distritos de Cametá do Ramos, Santa Maria e Vila Cândida, todos localizados no município de Barreirinha (distante a 314 quilômetros de Manaus), realizaram um protesto, na terça-feira (2), reivindicando acesso à rede de telefonia móvel na região. Uma enorme torre de telefonia está instalada no distrito de Cametá do Ramos, porém trata-se de uma retransmissora de longo alcance da empresa Claro. Os moradores das comunidades reivindicam que seja feito o rebaixamento do sinal de telefonia para que o sinal chegue aos moradores.
O deputado Sinésio Campos (PT) já havia denunciado o problema no dia 18 de abril, quando realizou uma cessão de tempo na Assembleia Legislativa com os representantes das comunidades, que explicaram a situação. Foram enviados requerimentos a todas as operadoras de telefonia e à Anatel buscando esclarecimentos, porém até o momento não foram respondidos. “O Amazonas sofreu muito com os processos de privatização, especialmente nos setores de energia e telefonia. Estamos lutando para que os moradores do interior possam ter acesso a um serviço com preço justo e de qualidade”, afirmou Sinésio.
Durante o protesto, os moradores de Barreirinha ameaçaram cortar os cabos de telefonia que passam pelo município. Caso isso ocorra, a região do Baixo Amazonas irá enfrentar um apagão no serviço de telefonia. Em 2013, moradores do distrito de Pedras, também em Barreirinha, tiveram a demanda atendida após comunitários realizarem o corte dos cabos, o que levou à interrupção do serviço no Baixo Amazonas. “Vamos acompanhar o desfecho dessa situação. É possível que tenhamos que abrir uma CPI da telefonia para investigar esses abusos sofridos pelos consumidores do interior do Amazonas”, concluiu Sinésio Campos (PT).