Morreu nesta terça-feira (2/9) o jornalista Mino Carta, fundador da revista Carta Capital e referência na imprensa brasileira, aos 91 anos. A causa da morte não foi informada.
A morte foi confirmada pela revista Carta Capital, fundada e dirigida pelo jornalista. Ele estava internado há duas semanas na UTI do Hospital Sírio Libânes, em São Paulo e lutava há mais de um ano contra problemas de saúde.
O presidente Lula declarou três dias de luto. O presidente era amigo de Mino Carta e estará presente no velório do jornalista, em São Paulo, na tarde de hoje.
"Recebi com muita tristeza a notícia da morte de meu amigo Mino Carta, ocorrida na madrugada deste 2 de setembro. Ele fez história no jornalismo brasileiro: criou e dirigiu algumas de nossas principais revistas, formou gerações de profissionais e, sobretudo, mostrou que a imprensa livre e a democracia andam de mãos dadas. Em meio ao autoritarismo do regime militar, as publicações que dirigia denunciavam o abuso dos poderosos e traziam a voz daqueles que clamavam pela liberdade", disse o presidente.
Referência na imprensa brasileira
O jornalista nasceu em 6 de setembro de 1933 em Gênova, na Itália, mas mudou para o Brasil acompanhada pela família na década de 1940. Mino é considerado uma das principais referências da imprensa brasileira.
Ele foi diretor das revistas Quatro Rodas, Veja e da IstoÉ e passou pelas redações do Jornal da Tarde. Além da revista Carta Capital, onde fundou o veículo e atuou até morrer como diretor, também lançou em 1979 o Jornal da República ao lado do também jornalista Cláudio Abramo.
Mino Carta deixa a filha, Manuela Carta. Ele foi casado com Maria Angélica Pressoto, que morreu em 1996. Também foi pai de Gianni Carta, morto em 2019, vítima de câncer.