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Morre o médico e professor Menabarreto Segadilha

A família de Mena informa que não haverá velório e sepultamento, pois o corpo será cremado nesta segunda-feira (26).

Faleceu na noite deste domingo (25), em Manaus, o professor aposentado do curso de Medicina da Ufam (Universidade Federal do Amazonas) Menabarreto Segadilha França. Ele era ativista social e defensor da universidade pública e do SUS (Sistema Único de Saúde).

“Meu pai, o professor, médico, lutador em defesa do SUS, da Educação, acaba de partir…”, escreveu o filho de Mena, que tem o mesmo nome do pai.

A família de Mena informa que não haverá velório e sepultamento, pois o corpo será cremado nesta segunda-feira (26).

Carreira

O professor Menabarreto ingressou na Ufam em 1976, como docente da Faculdade de Ciências da Saúde. Já como diretor da Faculdade de Medicina da Ufam, implantou o internato rural do curso em 1987, inicialmente em Mocambo e Caburi, comunidades de Parintins, levando assim os profissionais de medicina para o interior do Amazonas. Inicialmente sob muitas críticas, o internato rural da Ufam é hoje o que mais resulta em interiorização de médicos após a formatura.

"Tive a honra de fazer parte desta história como o primeiro aluno [do internato rural], junto com outros companheiros, a viajar para uma comunidade ribeirinha do Estado e ali permanecer por mais de 40 dias. Ali pude conhecer melhor meu professor Menabarreto. Para alguns, era polêmico. Para outros, um sonhador sem grandes propósitos reais. Para mim, que com ele convivi e de cuja amizade tenho absoluta convicção de que privava, dito aliás pelo próprio, Mena era acima de tudo, um visionário. Convicto de suas lutas. Cioso com seus ideais libertários e progressistas. Sua trajetória foi marcada pela defesa inarredável do ensino médico público e de qualidade; pela defesa da saúde pública acessível, igualitária, equânime e democrática. Para todos.", expôs o professor Pedro Elias de Souza.

“Menabarreto Segadilha França foi um professor-médico singular. Foi um homem preocupado com o homem que sofre. Foi um defensor polêmico de suas ideias, mas sempre as expondo para que fossem contestadas. Não se escondia dos debates. Na Faculdade de Medicina , de onde foi diretor, deixa o legado do Internato Rural, uma ação transformadora na construção de médicos e médicas, ensinando-o(a)s que devemos estar onde o povo está, e que o nosso local mais bonito de atuação é sempre aquele que traz conforto, saúde e esperança para aqueles que estão no leito da dor.”, palavras do diretor da Faculdade de Medicina da Ufam, professor Edson Andrade.

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