Mais um funcionário da rede de televisão e rádio Encontro das Águas faleceu, na tarde desta quinta-feira (28), sendo, desta vez, Denison Marinho Diniz, de 56 anos que atuava no setor de operações do veículo de comunicação. Denison estava internado em um hospital público e veio a óbito por conta de complicações da Covid-19.
Esta é a terceira morte de um funcionário da emissora, mantida pelo Governo do Amazonas, somente este mês. Ainda nesta quinta-feira, o Radar Amazônico já havia noticiado a perda do repórter cinematográfico Antônio Freire Toga, de 67 anos. No início de janeiro, também faleceu Jânio Cruz, auxiliar de cinegragia e motorista da emissora. Os três foram infectados pelo novo coronavírus.
Os servidores da empresa vêm denunciando, há um tempo, a falta de estrutura e os riscos de exposição à Covid-19 no ambiente de trabalho. As reclamações ganham força com perdas como estas, que vêm abalando o emocional de toda a equipe de comunicadores da emissora.
De acordo com as denúncias, o diretor-presidente da fundação tem proferido agressões verbais e assédio moral aos funcionários, sugerindo, inclusive, o não pagamento ao fim do mês de janeiro deste ano. Além disso, informações repassadas à redação do Radar dão conta de que os funcionários seguem trabalhando no local, em condições insalubres, mesmo com uma forte segunda onda da doença que o Amazonas vive.
Diante das acusações, o Sindicato dos Jornalistas Profissionais no Amazonas (SJPAM), ingressou com recurso junto aos Ministérios Públicos do Trabalho e do Estado pedindo intermediação ministerial no caso. O Radar Amazônico entrou em contato com o MPT mas, até o fechamento desta matéria não houve resposta.
Assim como profissionais da saúde e outras categorias, jornalistas, cinegrafistas, fotógrafos e todos os demais trabalhadores da comunicação amazonense se expõem, diariamente, ao vírus no intuito de deixar a população informada sobre a realidade do estado e sobre a atuação do poder público. O que se espera, é a valorização desses profissionais que também estão sempre na linha de frente.
Fonte: Radar Amazônico