Policiais civis da Delegacia Especializada em Proteção à Criança e ao Adolescente (Depca) prenderam, na manhã desta quarta-feira (03/12), um motorista de aplicativo, de 24 anos, investigado por estupro de vulnerável contra a enteada de oito anos. Ele foi preso na comunidade Fazendinha, bairro Cidade Nova, zona norte de Manaus.
Em coletiva de imprensa, a delegada Mayara Magna informou que as diligências tiveram início ainda na terça-feira (02/12) após a Polícia Civil ser acionada pelo Conselho Tutelar, que havia sido informado pela escola onde a criança estuda sobre um possível estupro de vulnerável.
“Durante uma atividade escolar, a vítima fez um desenho indicando que sofria possível abuso sexual praticado pelo padrasto, e também chegou a relatar sobre o fato para sua professora. A criança estava ansiosa, não queria voltar para casa”, explicou a delegada.
Com base nas informações recebidas, a equipe policial imediatamente iniciou as investigações e levou a criança até à Depca, onde ela foi ouvida em depoimento especial. Ela relatou que os abusos começaram há cerca de quatro meses, quando ela e a irmã, de 13 anos, passaram a morar com a mãe e o padrasto.
“A criança informou ainda que o homem se aproveitava do momento em que ficava a sós com ela para cometer os abusos, e a ameaçava caso ela contasse para alguém”, relatou Mayara Magna.
Ainda segundo a delegada, a mãe da criança será investigada se houve algum tipo de omissão por parte dela, tendo em vista que a filha chegou a relatar que era vítima dos abusos. Se constatado, ela será indiciada.
Foram requisitados exame de conjunção carnal e ela foi encaminhada ao Serviço de Atendimento a Vítimas de Violência Sexual (Savvis).
A autoridade policial representou à Justiça pelo mandado de prisão preventiva em nome do infrator, e a ordem judicial foi decretada ainda na terça-feira (02/12) pela Central de Plantão Criminal do Tribunal de Justiça do Amazonas (TJAM), e cumprida hoje.
O homem responderá pelo crime de estupro de vulnerável, passará por audiência de custódia e ficará à disposição do Poder Judiciário.