Ir para o conteúdo

Movimento 'Sem anistia nem dosimetria' marcha pelo Centro de Manaus

🎥 Com faixas, palavras de ordem e críticas ao Congresso, manifestantes rejeitam anistia aos atos golpistas

Protesto percorreu a avenida Getúlio Vargas e seguiu até o Centro histórico com críticas à anistia e ao presidente da Câmara, Hugo Motta - Imagens: marioadolfo.com 

Se depender da vontade da esquerda amazonense, que se dispôs a marchar pelas ruas do Centro em um domingo de sol e intenso calor, não haverá anistia para golpistas. Intitulada “Povo nas Ruas sem Anistia e neDosimetria”, a manifestação se concentrou na faixa liberada da avenida Getúlio Vargas por volta das 9h, carregando bandeiras e faixas com apelos do tipo “Congresso Inimigo do Povo”, “Fora Hugo Motta”, “Não ao Marco Temporal” e o sonoro “Anistia é o caralho!”.

Perto de 3 mil pessoas compareceram à manifestação, que ocupou duas faixas da área liberada e deixou uma livre para as pessoas que praticam caminhadas, ciclismo, patins e skate.

— É muita gente para um evento que não teve propaganda, não teve ônibus de graça e nem show como atração — comentou o compositor Zeca Torres.

Por volta das 10h, a multidão começou a descer a Getúlio Vargas em direção à avenida Sete de Setembro. Ao chegar à frente do histórico Colégio Pedro II (estadual), a organização orientou para que todos migrassem para o calçadão da praça Heliodoro Balbi — também conhecida como praça da Polícia —, a fim de liberar a pista para os carros.

Ali mesmo, na praça, começaram os discursos no andar superior do carro de som. Não faltaram críticas ao projeto de Dosimetria que, para a maioria dos oradores, não passa de uma “anistia disfarçada”, e à bancada amazonense no Congresso, poupando apenas dois senadores que votam em projetos em defesa do povo. “A maioria dos deputados e um senador são pau mandado da direita”, arregaçou um deles.

Com faixas, palavras de ordem e críticas ao Congresso, manifestantes rejeitam anistia aos atos golpistas

Ao chegar ao cruzamento das avenidas Sete de Setembro com Eduardo Ribeiro, por volta das 11h e com o sol a pino, a manifestação se afunilou nas calçadas já tomadas por consumidores focados nas compras de Natal e pelos frequentadores da feira de artesanato que funciona todos os domingos na Eduardo Ribeiro.

E foi justamente nesse cruzamento que a manifestação sofreu o único ataque de provocação: um lunático passou a atirar ovos do 4º andar do edifício da Lobrás, atingindo alguns manifestantes. O ato de insanidade foi denunciado por alguns oradores.

Apesar do calor intenso, do fluxo de carros, do comércio natalino e até do ataque covarde vindo do alto de um prédio, a manifestação seguiu até o fim sem recuar do seu principal recado: a recusa a qualquer tentativa de anistia ou relativização dos atos golpistas de 8 de janeiro. Para os participantes, ocupar as ruas do Centro de Manaus em um domingo foi mais do que um protesto — foi a reafirmação de que a defesa da democracia não admite atalhos, nem maquiagem jurídica.

VEJA O VÍDEO

Publicidade Águas de Manaus
Publicidade BEMOL
Publicidade TCE
Publicidade ATEM
Publicidade Parintins
Publicidade UEA

Mais Recentes