O Ministério Público Federal (MPF) requisitou do município de Manaus informações para investigar suspeitas de fraude na destinação de vacinas do primeiro lote de Coronavac destinado à vacinação no Amazonas.
A Prefeitura de Manaus deverá informar, “de forma imediata e urgente”, os profissionais de saúde já vacinados, a escala de trabalho dos profissionais na UBS Nilton Lins em janeiro e a lista de atendimentos realizados por eles na unidade de saúde nos dias 18 e 19 deste mês.
O MPF também notificou as médicas Gabrielle Kirk Maddy Lins e Isabelle Kirk Maddy Lins para serem ouvidas pelo órgão como investigadas, por meio de videoconferência.
As duas médicas foram vacinadas no primeiro dia em que as doses da Coronavac foram aplicadas em Manaus, mas há suspeitas de que elas não fizessem parte dos grupos prioritários da imunização.
Para atender à requisição do MPF, o município deverá fornecer, em 12 horas, lista extraída do sistema e-SUS de todos os pacientes atendidos na UBS Nilton Lins em 18 e 19 de janeiro deste ano, com a indicação dos médicos que realizaram o respectivo atendimento; e de cópias, também extraídas do e-SUS, dos prontuários de atendimento médicos feitos na unidade nos mesmos dias e/ou alimentados no e-SUS, na parte em que indica o nome do paciente e o médico que lhe prestou atendimento.
O MPF estabeleceu também prazo de 12 horas para que seja fornecida cópia da escala de trabalho de janeiro dos profissionais da saúde da UBS Nilton Lins, com a indicação do cargo de cada um, e que sejam informados os critérios adotados para estabelecimento da ordem de vacinação contra a Covid-19.
Em 24 horas, o município de Manaus deve repassar ao MPF a lista dos profissionais, com nome completo, CPF e cargo, que foram vacinados contra a Covid-19 entre 18 e 19 de janeiro.