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Artigo - Mudar o curso da história

Mudar o curso da história, desta feita deliberada e pacificamente, é essencial e urgente! Um novo rumo que reverta a dupla degradação, a humana e a ambiental, em busca do bem comum.

Por Eduardo Fernandez

“Quem quer que se proponha a superar a crise ambiental assume a tarefa de mudar o curso da história”, disse, há mais de 50 anos, o biólogo Barry Commoner. Esta parece uma ideia inalcançável, mas temos que conseguir transformá-la em realidade pois defender o ser humano exige mudanças semelhantes.
Não é impossível alterar o rumo, pois em muitos séculos isso já ocorreu e, inevitavelmente, ocorrerá novamente. Deliberada e pacificamente, se mediante diálogos visando ao bem comum, ou desordenada e violentamente, se persistirmos na corrida por outros objetivos como, por exemplo, o maior poder nacional – ou, mais propriamente, maior poder dos dirigentes de nações! – , ou o máximo crescimento do PIB!

Para ficarmos em séculos recentes, nos XVI e XVII a Reforma e os descobrimentos europeus mudaram o rumo da história para os nativos da Europa, das Américas e África; no XVIII, uma República surgida na América e a Revolução Francesa redirecionaram todo o planeta; no XIX, a revolução industrial novamente alterou destinos; no XX, quantas mudanças mais? Neste último, basta citar as consequências da visão da primeira fotografia de corpo inteiro do planeta, conhecida como “o nascer da Terra”. O planeta azul, lindo, minúsculo! E neste XXI continuamos a degradar não só nossos azuis oceanos, mas também nossa atmosfera, solo, rios e, consequentemente, a nós humanos também.

Mudar o curso da história, desta feita deliberada e pacificamente, é essencial e urgente! Um novo rumo que reverta a dupla degradação, a humana e a ambiental, em busca do bem comum.

O que podemos fazer depende do momento e local; o que devemos fazer depende de identificar, aqui e agora, como avançar mais nessa dupla reversão, como promovê-las mais rapidamente, como nos afastar da barbárie, do descaso com vidas, inclusive humanas?

Neste quadro, nossas decisões diárias assumem relevância. No Brasil, nesta véspera de segundo turno, a opção é clara!

Eduardo Fernandez Silva - Mestre em Economia, ex- Diretor da Consultoria Legislativa da Câmara dos Deputados.

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