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A filha do coronel da Polícia Militar (PM), Disney Brilhante, Dayse de Oliveira Brilhante, 22, denunciou à Polícia Civil ter sido agredida fisicamente e vítima de injuria racial. Os crimes, segundo a denúncia, foram praticados pela esposa do coronel Fernando Paiva, ex-comandante do Corpo de Bombeiros, Marcelia  Oliveira e outras três pessoas, durante um arraial clandestino realizado na casa dos suspeitos, no conjunto Jardim Sakura, no Parque 10, na zona Centro-Sul de Manaus.

A festa clandestina, segundo a denúncia, iniciou no último dia 24/6 e terminou na madrugada do dia 25/6, após a prática dos crimes. Em depoimento no 23º Distrito Integrado de Polícia (DIP) Dayse informou que estava passeando com seu cachorro pela rua do Conjunto, quando notou que estava sendo filmada por Marcelia.

A jovem disse que ao questionar o motivo, passou a ser agredida com palavras de baixo calão pelos demais agressores identificados como Nardelle Andrade Nevesm Rosângela Cunha Mota. Segundo Dayse, em seguida, o marido de Rosângela, Maurício Rodrigues de Matos Filho, começou a chama-la de preta, vagabunda e outros palavrões.

Coronel Fernando Paiva, ex-comandante do Corpo de Bombeiros do Amazonas

Após a sessão de xingamento, os quatro denunciados passaram a agredir a jovem. As agressões pararam depois da intervenção do sindico do Conjunto e de um dos porteiros. Mas após a chegada a mãe da vítima, a confusão recomeçou e mãe e filha passaram a ser espancadas novamente.

Conforme as declarações das vítimas, as agressões só pararam com a chegada de policiais militares, mas os ânimos só foram controlados com a intervenção do pai de Dayse, que é coronel da PM. Segundo a vítima, as festas eram frequentes na casa do coronel Fernando, o qual, segundo sindico, se beneficia do fato de ser oficial do Corpo de Bombeiros para promover sucessivas reuniões entre familiares e amigos, mesmo durante período de isolamento social.

O advogado que atua na defesa de Dayse e da família, Josemar Berçot, informou que as pessoas denunciadas no caso são influentes no Estado, mas afirmou que confia na completa imparcialidade do poder judiciário.

A denúncia das agressões e injurias foi registrada no 23º DIP. De acordo com o delegado Henrique Brasil, diligências em relação ao caso estão sendo realizadas e todos os fatos estão sendo investigados. “Os acusados são os últimos a serem ouvidos. Nem agendados estão. Tem outros diligencias para ocorrer antes”, informou.

Confira as imagens da agressão

Nota do Corpo de Bombeiros

Em nota, o Corpo de Bombeiros Militar do Amazonas (CBMAM) informou que a corporação não foi notificada oficialmente por autoridade policial, ou da Corregedoria Geral do Sistema de Segurança Pública, sobre os fatos ocorridos na última quinta-feira (25), nos quais estariam supostamente envolvidos bombeiros militares.

A corporação informa, ainda, que acompanhará o caso e assim que notificada, tomará as providências administrativas necessárias.

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