Policiais civis da Delegacia Especializada em Proteção à Criança e ao Adolescente (Depca), prenderam, na quinta-feira (20/06), uma mulher de 38 anos, por explorar sexualmente as filhas adolescentes, de 14 e 15 anos. As investigações revelaram que a mãe submetia as filhas à prostituição desde os 12 anos, sob constante ameaça e agressão física quando se recusavam. A prisão aconteceu no bairro Novo Aleixo, zona norte de Manaus.
Em coletiva de imprensa realizada na manhã desta sexta-feira (21/06), na Delegacia Geral (DG), o delegado-geral da PC-AM, Bruno Fraga, apresentou os detalhes da prisão de uma mulher que explorava sexualmente as próprias filhas. A ação foi realizada pela equipe da Depca, sob a coordenação da delegada Juliana Tuma.
“É com profunda indignação que trago a público este caso. No entanto, graças ao trabalho impecável da equipe da Depca, conseguimos prender essa mulher que cometeu atrocidades contra suas filhas. As adolescentes eram obrigadas a se prostituírem e, inclusive, sofriam agressões físicas quando se recusavam a obedecer a mãe”, afirmou o delegado-geral.
Diligências
Conforme a delegada Juliana Tuma, titular da Depca, a ação criminosa veio à tona nos dias 12 e 13 de junho, após denúncias das vítimas juntamente com a tia paterna. Diante da gravidade do caso, a equipe policial agiu rapidamente, reunindo provas e capturando a suspeita.
“As vítimas relataram que desde os 12 anos eram prostituídas e agenciadas pela própria mãe. Elas eram submetidas a diversos abusos sexuais, inclusive sem o uso de preservativos, e quando resistiam, eram agredidas física e psicologicamente. Uma das vítimas relatou que chegou a ser agredida um dia inteiro pela autora”, detalhou a delegada.
Segundo Tuma, todo dinheiro oriundo da prostituição era entregue para a mulher, que é dependente química e usado para comprar drogas. No decorrer das investigações, a equipe policial descobriu que a autora tinha outras duas filhas, de 7 e 8 anos.
“A mulher estava esperando as filhas mais novas completarem uma idade maior para também serem prostituídas. As vítimas relataram em depoimento que já havia clientes interessados em comprá-las. A autora também tem uma filha mais velha, 21, que assim como as irmãs, desde os 12 anos passou pela mesma situação e hoje se prostitui em área de garimpo”, disse Juliana Tuma.
Segundo a delegada, as investigações terão continuidade a fim de identificar todos os clientes, também envolvidos nos abusos sexuais. As vítimas foram encaminhadas e serão assistidas pelo Conselho Tutelar da área, e receberão todo suporte necessário.
O delegado Heron Ferreira, diretor de comunicação da PC-AM, encerrou a coletiva de imprensa parabenizando as ações concluídas com êxito pela Polícia Civil do Amazonas. Ele pontuou que essas ações são reflexo do trabalho da gestão implementada pelo delegado-geral Bruno Fraga.
“A PC-AM vem apresentando um trabalho diário com prisões, buscas e apreensões, tirando de circulação da sociedade essas pessoas”, finalizou.
Procedimentos
A mulher responderá por favorecimento à prostituição e exploração sexual. Ela ficará à disposição da Justiça.