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Mulheres são presas por latrocínio e ocultação do cadáver do ex-patrão

Uma das suspeitas era funcionária da vítima e a outra é sua companheira

Nayara e Raquel chegaram a beber com a vítima no dia do crime

Nayara Sales Lemos, 19, e Raquel Morais do Nascimento, 20, foram presas, na última quinta-feira (26/09), por latrocínio e ocultação de cadáver de um empresário Lourival Pinto Filho, que tinha 58 anos. O crime ocorreu no domingo (22/09), em Iranduba (a 27 quilômetros de Manaus).

Em coletiva de imprensa realizada nesta sexta-feira (27/09), o delegado-geral adjunto da PC-AM, Guilherme Torres, destacou que as prisões das autoras ocorreram em menos de uma semana do crime.

“O crime repercutiu rapidamente, pois Lourival era uma pessoa bastante querida na cidade. Ele era um empresário do ramo de restaurante e teve sua vida ceifada por essas duas mulheres, sendo uma delas ex-funcionária dele, pessoa esta que ele tinha certa confiança. Mas na data de ontem, cinco dias após o crime, elas foram presas”, pontuou Torres.

Conforme o delegado Raul Augusto Neto, titular da unidade policial, as investigações iniciaram na terça-feira (24/09), após os familiares de Lourival registrarem um Boletim de Ocorrência (BO) sobre o seu desaparecimento. A partir desse momento, as diligências foram realizadas para tentar localizar o paradeiro da vítima. Com o avanço das buscas, foi possível obter acesso às câmeras de uma conveniência onde o homem esteve com as autoras consumindo bebidas alcoólicas.

“Primeiramente, identificamos e localizamos o veículo da vítima, que foi abandonado na rodoviária de Iranduba. Posteriormente identificamos a participação de Nayara e Raquel no crime. Quando efetuamos as prisões delas, ambas confessaram o crime, bem como o local onde deixaram o corpo do comerciante”, informou o delegado.

Dinâmica do crime

Segundo o delegado, as autoras contaram que, momentos antes de matarem Lourival, estavam em uma conveniência com ele, consumindo bebidas alcoólicas. Dali, os três foram para uma pousada, onde o empresário continuou bebendo.

“A mentora do crime foi Raquel. Em depoimento, ela disse que precisava de dinheiro, por isso decidiu roubá-lo. Ou seja, trata-se de um crime que foi todo planejado por ela. Raquel era funcionária de confiança da vítima e, sabendo que Lourival tinha dinheiro em conta, fez o convite a ele para saírem para beber”, contou o delegado.

De acordo com o delegado, Raquel percebeu que seria fácil roubar o empresário, pois, naquele momento, ele estava embriagado.

“A mulher deu um golpe ‘mata leão’ no homem e, com a ajuda de Nayara, amarrou a vítima e a colocou dentro do veículo dele. Elas dirigiram o carro até o município de Manacapuru (a 68 quilômetros de Manaus) e o esconderam nas margens da estrada, sob uma vegetação do quilômetro 44 da rodovia Manuel Urbano”, falou o delegado.

Ainda conforme o delegado, além de matarem o empresário, elas subtraíram o celular dele, cartões de banco e dinheiro em espécie e fizeram transferências via pix que totalizaram R$ 6 mil.

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