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Namorada de Amom diz que foi intimidada por policias; "Eu que estava dirigindo"

“Havia uma pessoa preta dirigindo na zona leste e essa pessoa era eu. O condutor do carro era eu: Sarah Mariah. Tenho CNH há 5 anos e nenhuma penalidade”, disse.

Sarah Marinho 

A namorada do deputado federal Amom Mandel (Cidadania), Sarah Marinho rompeu o silêncio e deu a entender em uma publicação no X, antigo Twitter, que o carro que ela conduzia transportando o deputado e uma amiga dela na Zona Leste de Manaus, foi abordado pela Ronda Ostensiva Candido Mariano (Rocam) pelo fato de haver uma “pessoa preta” no volante. A reportagem é do jornalista Jefferson Ramos, da Revista Cenarium Amazônia.

“Havia uma pessoa preta dirigindo na zona leste e essa pessoa era eu. O condutor do carro era eu: Sarah Mariah. Tenho CNH há 5 anos e nenhuma penalidade”, disse a jovem ao rebater uma publicação na plataforma.

A abordagem foi feita pela Rocam na noite de quinta-feira, 4, no bairro Jorge Teixeira. Conforme relatos do deputado e de sua namorada, os policiais abordaram o veículo de maneira truculenta e com armas apontadas para os ocupantes.

Sarah Mariah rebateu as alegações dos policiais de que teria ignorado os sinais de parada emitidos pela Rocam. A jovem explica que sinalizou com a seta antes de parar no acostamento e que baixou os vidros antes mesmo do pedido da guarnição policial.

“A PM alega atitude suspeita, mas não diz qual. Baixei todos os vidros do carro quando os PMs seguiram com as armas em punho”, adicionou.

Mariah segue e garante que o deputado federal não deu carteirada. Ela confirmou que com base no código penal, Amom deu voz de prisão aos policiais por entender que houve abuso de poder durante a abordagem.

“O deputado Amom não deu carteirada. O tratamento teria sido completamente diferente se ele tivesse dado, né? Os PMs gritaram comigo, apontaram a arma para mim e não me disseram porque eu estava sendo tratada daquele jeito, alguém tem um palpite?”, detalhou.

“O policial também apontou a arma para ele e o deputado deu sim voz de prisão ao PM, após toda a truculência comigo e com a passageira no carro”, continuou Sarah.

À Polícia Federal (PF), Amom Mandel reforçou as alegações feitas pela namorada

Depoimento

Em depoimento à Polícia Civil do Amazonas (PC-AM), os policiais militares envolvidos na abordagem alegaram que abordaram o veículo no âmbito da “Operação Impacto” que conta com o apoio de órgãos como o Departamento Estadual de Trânsito do Amazonas (Detran-AM), Batalhão de Policiamento de Trânsito (BPTran) e Companhias Interativas Comunitárias (Cicoms).

Os policiais argumentam que avistaram um veícuo Byd Dolphin, cor cinza, de placa QZU-8H32 trafegando com as luzes apagada pela avenida Autaz Mirim, no bairro Tancredo Neves, na zona leste. Segundo o depoimento o veículo trocou de direção de forma perigosa, sem sinalizar a intenção.

O que teria levantado o alerta da polícia foi o fato de o veículo possuir insufilm, o que, segundo o depoimento impossibilitou saber quem dirigia. A partir daí, narra declaração colhida pela PC-AM, a equipe policial emitiu sinais sonoros seguidos de gestos e verbalização, mas sem retorno positivo.

A versão dos policiais endorsa o fato de que após o contato ser ignorado, o carro aumentou a velocidade. Ao alcançar o veículo, os policiais descaram da viatura com arma em punho ordenando que a condutora baixasse os vidros.

O depoimento sublinha que Amom Mandel desembarcou exaltado questionando o objetivo da abordagem. Ele teria perguntado pelo nome do comandante da operação e afirmado que iria denunciar a abordagem.

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