A candidata a vice-prefeita na chapa do petista José Ricardo é uma liderança formada nos movimentos sociais do Mutirão. É de lá que ela veio para, ao longo de sua história de lutas, se tornar socióloga e liderar a Bancada Coletiva do Psol e dirigente nacional do partido.
Logo nas primeiras horas em que foi oficializada como candidata a vice, Marklize já deixa claro que veio para ser uma das protagonistas dessa história. E avisa que essa campanha não é apenas uma bandeira do PT, “é uma campanha de esquerda”.
— O PT faz parte dessa composição. Queremos fazer parte dessa proposta de ocupação dos espaços de poder por mulheres e mulheres negras, indígenas, LGBTs , da periferia de Manaus – disse a candidata, bastante aplaudida toda vez que deu nome foi citado nos discursos da convenção.
Como Jose Ricardo, Marklize também não acredita na tese de que a esquerda de Manaus é desunida, devida ao afastamento do PSB e do PCdoB. Para ela, “cada partido tem uma leitura diferente do processo eleitoral e PCdoB seguiu a sua estratégia nacional.
— Respeito o que os companheiros do PCdoB decidiram. E eu espero que no segundo turjo a gente possa estar juntos construindo esse processo. Eu respeito muito a decisão que eles tonaram vamos travar uma boa luta pela cidade. Tanto nós quanto eles. A esquerda é unida no processo de de defesa da cidade e das pessoas.
Sobre o atual momento político brasileiro – a era Bolsonaro –, Markilze avalia que o pais está vivendo um momento muito delicado, em que é preciso organizar os movimentos sociais porque faz parte do processo de mudança política.
— Em um certo momento a política caiu no descrédito e a gente precisa recuperar essas pessoas que se afastaram. Quando a gente não acredita em alguns atores, acontece o que aconteceu. Um retrocesso no que havia sido conquistado com muito esforço em nossa recente democracia –, disse a candidata.