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'Não tenho medo de qualquer julgamento', diz Bolsonaro em ato político no Rio

Ex-presidente disse que decidiu voltar ao Brasil em março do ano passado, depois de três meses nos Estados Unidos, mesmo considerando estar sob "risco".

Suspeito de tramar um plano de golpe de Estado, o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) afirmou neste sábado (16), que "não tem medo de qualquer julgamento" e que "poderia estar em um outro País", mas decidiu voltar ao Brasil em março do ano passado, depois de três meses nos Estados Unidos, mesmo considerando estar sob "risco".

"Eu poderia estar muito bem em outro País, mas decidi voltar pra cá com todo o risco. Não tenho medo de qualquer julgamento", afirmou Bolsonaro na cerimônia de lançamento da pré-candidatura do deputado federal Alexandre Ramagem (PL-RJ) à Prefeitura do Rio.

Bolsonaro e Ramagem estrelam as peças do PL para o lançamento da pré-candidatura do delegado da Polícia Federal à Prefeitura do Rio de Janeiro nas eleições municipais deste ano.

Sob a frase "Um novo Rio começa agora", Bolsonaro e Ramagem posaram no palco ao lado de aliados e correligionários na manhã deste sábado, 16, para o ato político um dia após o ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), retirar o sigilo dos depoimentos de militares citados no plano de golpe de Estado arquitetado, segundo indicam as investigações, pelo ex-chefe do Executivo e seus comandados.

Figuras de peso do PL e próximas ao ex-presidente ficaram de fora do ato em tom de comício eleitoral para não descumprirem decisão da Justiça. O presidente da sigla, Valdemar Costa Neto, foi um dos medalhões que não esteve na quadra da escola de samba. Moraes proibiu os investigados no inquérito sobre a tentativa de golpe de se comunicarem. O general Walter Braga Netto, que chegou a ser cotado para disputar a Prefeitura do Rio e busca fincar o seu nome entre eleitores da cidade, também não compareceu.

Marcado para começar às 11h, o evento reunia menos da metade da capacidade da quadra de samba às 11h30. Incomodado com a baixa adesão, Bolsonaro pediu que os seguranças do local autorizassem que os apoiadores se aproximassem do palco: "se algo acontecer, a responsabilidade é minha".

"O presidente Bolsonaro que nos uniu como patriotas resgatou os valores tradicionais, resgatou a família brasileira e os valores de liberdade. Volta, Bolsonaro. Em 2018, elegemos Bolsonaro presidente do Brasil. Isso vai voltar. No dia seguinte, eu fui indicado pela PF para trabalhar diretamente com o presidente Bolsonaro. Aquela antiga PF que nós dava tanto orgulho. Minha responsabilidade era levar o presidente para a posse. Eu trabalhei com o presidente Bolsonaro há quase seis anos. Em 2022, eu tive a missão de concorrer a uma vaga no Congresso Nacional. Hoje eu recebo uma nova missão do presidente. Vamos tirar a esquerda do poder do Rio de Janeiro. Vamos tirar esses soldados do Lula da cúpula do Rio", afirmou Ramagem.

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