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Nego Di deixa prisão após decisão do STJ e deve cumprir medidas cautelares

A prisão preventiva de Nego Di foi decretada em julho deste ano.

Nego Di está mais magro

O influenciador e humorista Dilson Alves da Silva Neto, conhecido como Nego Di, foi libertado na noite desta quarta-feira (27) da Penitenciária Estadual de Canoas (Pecan), no Rio Grande do Sul. A soltura foi autorizada pelo Superior Tribunal de Justiça (STJ), que concedeu liberdade provisória ao ex-BBB até o julgamento definitivo do habeas corpus solicitado por sua defesa.

“Deus é o maior, só isso que eu tenho pra dizer”, declarou Nego Di ao sair da penitenciária. Ele entrou em um carro preto e exibiu pela janela uma camiseta com a frase “Deus é o maior”, demonstrando gratidão e alívio após quatro meses de prisão preventiva.

Acusações e contexto

Nego Di é réu por estelionato qualificado e lavagem de dinheiro, acusado de integrar um esquema de vendas fraudulentas pela loja virtual Tadizuera, junto com seu sócio Anderson Boneti. De acordo com a investigação, entre março e julho de 2022, mais de 370 pessoas teriam sido prejudicadas ao comprar produtos como celulares, televisores e eletrodomésticos que nunca foram entregues.

A apuração da Polícia Civil aponta que o esquema teria movimentado cerca de R$ 5 milhões em contas bancárias ligadas ao influenciador. A prisão preventiva de Nego Di foi decretada em julho deste ano, com a justificativa de evitar interferências no processo e assegurar a ordem pública.

Decisão do STJ

A decisão de conceder liberdade provisória foi tomada pelo ministro Reynaldo Soares da Fonseca, da 5ª Turma do STJ. Ele considerou que os crimes investigados, embora graves, não envolvem violência ou ameaça. Além disso, destacou que Nego Di é primário, possui residência fixa e a investigação já foi concluída, o que enfraquece os argumentos para manter a prisão preventiva.

No entanto, o influenciador deverá cumprir uma série de medidas cautelares, incluindo:

  • Comparecimento periódico à Justiça para justificar suas atividades;
  • Proibição de mudar de endereço sem autorização judicial;
  • Proibição de se ausentar da comarca sem prévia comunicação;
  • Proibição de utilizar ou frequentar redes sociais;
  • Recolhimento do passaporte.

O caso Tadizuera

A loja virtual Tadizuera, administrada por Nego Di e Anderson Boneti, é acusada de vender produtos sem entregá-los ou devolver o dinheiro aos compradores. As vítimas relataram perdas significativas, e a investigação revelou uma movimentação financeira incompatível com os serviços oferecidos pela plataforma.

Nego Di agora aguarda o julgamento do mérito do habeas corpus e do processo criminal. Sua defesa argumenta que ele não teve envolvimento direto nas fraudes, mas ainda não apresentou detalhes para rebater as acusações.

Enquanto isso, a proibição de acessar redes sociais marca uma pausa em sua carreira de influenciador digital, que, até sua prisão, era uma de suas principais fontes de renda e visibilidade.

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