Durante o segundo dia de julgamento no plenário da 1a Vara do Tribunal do Júri, no Fórum Henoch Reis, o réu delegado da Polícia Civil (PC), Gustavo Sotero, esteve presente assistindo aos depoimentos das testemunhas, mas evitou, na maioria das vezes, rever o vídeo do dia do crime exibido pela promotoria. Sotero está sendo julgado pela morte do advogado Wilson Justo Filho e por outras três tentativas de homicídio, que teve como uma das vítimas a mulher de Wilson, Fabíola Rodrigues. As informações são do Portal Toda Hora.
Durante o período da manhã, foram ouvidos um cabo da Polícia Militar (PM), uma advogada, que esteve ma casa de shows, onde ocorreu o crime, um dos seguranças do estabelecimento e o amigo de Wilson, o psicólogo Alexandre Mascarenhas, que esteve com a vítima no dia em que foi morto por Sotero.
O testemunho era um dos mais esperados durante a manhã. Mascarenhas reafirmou perante o juiz que preside o Júri, Celso Souza de Paula, que Wilson se irritou com o delegado ao ver Sotero “olhando” para a esposa Fabíola. Durante o testemunho, o promotor que atua na acusação George Pestana, voltou a usar o vídeo do dia do crime, mas Sotero evitou em alguns momentos a rever as cenas e chegou a baixar a cabeça.
“Ele olhou para eles (Wilson e Fabíola) fez um gesto esticado a mão e piscou, na direção dele. Não sei para quem era”, afirmou Mascarenhas.
Tensão
Desde o primeiro dia do julgamento, que começou na quarta-feira, 27/11, os ânimos tanto da defesa do delegado, presidida pelo advogado Claudio Dalledone e a acusação, dirigida pelo promotor do Ministério Público (MPE), Pestana, se alteraram em vários momentos.
O juiz que preside a sessão, Celso Souza de Paula, teve que fazer várias intervenções. Nesta quinta-feira, novos conflitos voltaram a ocorrer por conta de risos vindo da plateia.
“Aqui ninguém está brincando”, advertiu o magistrado.