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Novos vídeos mostram execução de ex-delegado-geral de São Paulo

Ruy Ferraz Fontes, ex-chefe da Polícia Civil de São Paulo e conhecido por enfrentar o PCC, foi assassinado em Praia Grande (SP) após uma emboscada

Ruy Ferraz Fontes foi alvo de uma emboscada no litoral de São Paulo - Fotos: Re

Novos vídeos que circulam nas redes sociais mostram a execução do ex-delegado-geral da Polícia Civil de São Paulo, Ruy Ferraz Fontes, na Praia Grande, litoral de São Paulo. Os vídeos foram gravados por motoristas que passavam pela avenida no momento em que Ruy foi morto por atiradores.

Aos 64 anos, ele foi alvo de uma emboscada quando deixava a sede da prefeitura, onde atuava como secretário de Administração Pública.

Fontes ganhou notoriedade por sua atuação contra o Primeiro Comando da Capital (PCC). Ele chefiou a Polícia Civil entre 2019 e 2022, no governo de João Doria (PSDB à época). Foi responsável, em 2006, pelo indiciamento da cúpula da facção, incluindo Marco Willians Herbas Camacho, o Marcola.

Segundo a investigação preliminar, Fontes foi seguido por criminosos em uma caminhonete Hilux. Tentando escapar, colidiu com um ônibus, teve o carro capotado e, em seguida, foi alvejado por três homens armados com fuzis. O delegado reagiu e chegou a ferir um dos atiradores.

A suspeita é de que o crime tenha ligação com a Sintonia Restrita, braço do PCC responsável por ataques e planos contra autoridades, como os que já envolveram o ex-juiz Sergio Moro e o promotor Lincoln Gakiya. Moro, em rede social, chamou Fontes de “corajoso delegado” e pediu punição exemplar aos assassinos.

Com mais de 40 anos de carreira, Fontes atuou em diversas divisões estratégicas, como o Departamento de Investigações Criminais (Deic) e o Departamento de Narcóticos (Denarc). Em 2019, foi ele quem comandou a transferência de Marcola e outros líderes do PCC para presídios federais.

Autoridades estaduais reforçaram que toda a estrutura de segurança está mobilizada para identificar e prender os envolvidos. O governador Tarcísio de Freitas (Republicanos) afirmou que o governo dedicará “toda energia” à investigação.

Se confirmada a autoria do PCC, o assassinato será considerado a terceira “grande vingança” da facção contra autoridades que enfrentaram o grupo. Entre os casos anteriores estão os homicídios do juiz-corregedor Antônio Machado Dias, em 2003, e do diretor de presídios José Ismael Pedro.

Veja os vídeos:

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