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O dia em que a História começou a ser reescrita

O julgamento de Jair Bolsonaro é mais que a responsabilização de um indivíduo: é a resposta tardia a uma herança maldita

Foto: Gabriela Biló

O Brasil vive hoje, 2 de setembro, um marco histórico. O julgamento de Jair Bolsonaro é mais que a responsabilização de um indivíduo: é a resposta tardia a uma herança maldita. Durante 21 anos, a ditadura militar sequestrou a democracia, matou, torturou e perseguiu milhares de brasileiros  - e seus algozes nunca foram julgados. Pelo contrário, foram transformados em nomes de ruas, praças e avenidas.

A Justiça que não veio para os generais chega agora para seus discípulos. Os fanáticos, que tentam relativizar crimes com argumentos rasos, são irrelevantes diante da grandeza do momento. O mundo observa o Brasil dar exemplo onde tantas democracias falharam. Países inteiros têm assistido ao avanço do fascismo corroendo instituições por dentro, com líderes que conspiram contra a Constituição e depois voltam ou se perpetuam no poder.

Esse ciclo só se repete porque gigantes da tecnologia preferem lucrar com o caos a assumir responsabilidade. As big techs, em nome dos interesses financeiros, estendem a mão para quem usa a internet como arma: espalhando desinformação, mobilizando ódio, e tentando tomar o mundo de assalto em nome da extrema direita.

A História começa a ser reescrita hoje. Filhos e netos vão estudar nos livros o que testemunhamos neste 2 de setembro: o momento em que o Brasil decidiu não se ajoelhar diante do golpismo, nem permitir que a democracia fosse reduzida a farsa.

Os fanáticos, que nunca aceitaram viver sob regras civilizadas, que voltem para o lugar de onde nunca deveriam ter saído: o lixo da História.

Porque democracia não se pede de joelhos. Se conquista de pé.

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