Pelé, apesar da majestade, nunca correu de jornalista. Muitos tentaram entrevistá-lo - o difícil era chegar perto. Mas, se chegasse, o homem abria um sorriso do tamanho do mundo e respondia tudo. Apesar da segurança tentar afastar os repórteres mais atrevidos.
No início dos anos 1990, Pelé veio lançar uns produtos de sua empresa em Manaus e deu uma coletiva no Tropical Hotel. Eu estava lá pelo jornal Em Tempo. A entrevista acabou e a cambada de jornalistas vazou em direção às redações. Eu não. Fiquei por ali com olhar de quero mais.
E quando o rei começou a arrumar os papéis usados na entrevista, me aproximei religuei o gravador Sony e mandei ver. Ai sim, perguntei o que queria e fiz uma puta matéria com destaque na capa do jornal.
Quando pedi um autógrafo para os meus filhos em um pedaço qualquer de papelão, Pelé chamou o assessor pediu uma arte estulizada da empresa dele e fez uma dedicatória carinhosa que levei pra casa com muita alegria.
Como era grande o nosso Pelé.