Jair Bolsonaro finalmente encara o cerco da Justiça como nunca antes. A Procuradoria-Geral da República pediu sua condenação por tentativa de golpe de Estado, colocando luz sobre o núcleo mais sombrio da trama que ameaçou a democracia brasileira. E com ele, começam a cair também os que o cercavam, os que bateram continência para o autoritarismo, os que preferiram a obediência cega à consciência crítica - políticos, eleitores e mídia.
Aos que ainda insistem em defendê-lo — e aqui falo diretamente de Manaus, uma das cidades mais bolsonaristas do país —, é hora de encarar a realidade com coragem. Que projeto Bolsonaro apresentou para o Amazonas? Que legado deixou? Nenhum. Nem estrada, nem escola, nem hospital, nem investimento. Nada. A Zona Franca de Manaus, que sustenta centenas de milhares de empregos na região, foi alvo direto de sua política econômica predatória, que reduziu incentivos, desmontou estruturas e atacou o modelo com desdém.
E os exemplos de traição vêm de dentro da própria casa. Basta perguntar ao coronel Alfredo Menezes, que fez da lealdade a Bolsonaro uma missão de vida. Foi usado, humilhado, descartado. Nem para a próxima eleição tem apoio do chefe. Porque no bolsonarismo, fidelidade não garante respeito, apenas submissão.
A História (com H maiúsculo) está sendo escrita, linha por linha, sentença por sentença. E quando ela for finalmente lida pelas próximas gerações, será impossível apagar os nomes dos que optaram por ficar ao lado de um projeto autoritário, excludente e criminoso. Pode não ser hoje, pode não ser amanhã. Mas todos que estiverem com Bolsonaro, cairão com ele.
Ainda há tempo para deixar esta canoa furada e pedir perdão. Depois, será tarde demais para dizer que não sabiam. O tempo é implacável. Ele cobra. Ele revela. E ele condena!