Francirley Encarnação Pereira, 25, foi detido na noite desta quarta-feira (8), na rua 8, bairro Jorge Teixeira, Zona Leste de Manaus, por suspeita de fazer trabalhos logísticos para uma facção criminosa praticar assassinatos na capital. De acordo com o capitão Daivison Soeiro, comandante da 30ª Companhia Interativa Comunitária (Cicom), vários áudios e mensagens de Francirley com outros criminosos da zona Leste e Norte foram interceptadas pela Polícia Militar (PM) durante a ação. Com o suspeito também foi apreendido um revólver de calibre 32.
Soeiro informou que os policiais militares estavam fazendo um patrulhamento de rotina na região, quando abordaram Francirley e encontraram as mensagens no celular. Segundo o PM, o suspeito disse onde estava escondida a arma de fogo usada pela facção criminosa.
“Ele era responsável pela logística do grupo criminoso, chegava a marcar as casas das vítimas que seriam assassinadas e também dizia qual rival iria morrer na região. Ele fazia o levantamento das vítimas, tirava foto e repassava nos grupos de WhatsApp”, disse o comandante da 30ª Cicom.
Além da arma e das mensagens, os policiais apreenderam com o suspeito três munições. Ele foi encaminhado para a Delegacia Especializada em Homicídios e Sequestros (DEHS), no entanto, por não ter delegado plantonista no local, o jovem foi conduzido para o 14º Distrito Integrado de Polícia (DIP), onde foi autuado por porte ilegal de arma de fogo.
ENVOLVIMENTOS
Conforme Soeiro, existe a hipótese que Francirley possa estar envolvido com a morte de André Ricardo Sales Santiago, 29, que foi assassinado com três tiros na manhã da última terça-feira (7), na Invasão dos Venezuelanos, no bairro Jorge Teixeira.
Ainda segundo Soeiro, o grupo criminoso de Francirley também pode estar envolvido nos oito homicídios que ocorreram na semana passada no bairro Jorge Teixeira. As investigações ficarão a cargo da Polícia Civil do Amazonas (PC-AM).
Francirley responde na Justiça do Amazonas por um crime de roubo.
FAMÍLIA
A família de Francirley negou que ele estivesse envolvido em crimes na cidade. Durante a chegada dele na Delegacia Especializada em Homicídios, familiares disseram que o suspeito não estava com a arma, no entanto, o capitão Soeiro revelou que o jovem informou onde estava guardada o revólver e que durante a prisão, os pais do suspeito ligaram para parentes que são policiais na capital amazonense.
Fontw: Portal A Crítica