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Padrasto é preso por matar filha adotiva em Manaus

O delegado Ricardo Cunha, da Delegacia Especializada em Homicídios e Sequestros (DEHS), afirmou que Carlos não aceitava o fim do relacionamento com a mãe da adolescente

"Foi num momento de fraqueza. Matei minha filha e estou arrependido. Foi por ciúmes. Não sou o primeiro errante". A declaração é de Carlos Alberto Soares, 36, preso, nesta segunda-feira, 29/8, por policiais da Delegacia Especializada em Homicídios e Sequestros (DEHS). O homem confessou ter assassinado a facadas, a enteada dele, Jennifer Vitória Magno Soares, 15, no dia 1º de agosto, na zona Leste de Manaus.

O delegado Ricardo Cunha, da Delegacia Especializada em Homicídios e Sequestros (DEHS), afirmou que Carlos não aceitava o fim do relacionamento com a mãe da adolescente. "A jovem estava saindo do banho. Após ter visto fotos da mãe com o atual namorado, no celular da filha, e praticou o crime", informou Cunha.

Após o crime, Carlos fugiu para uma área de mata, no Coroado, na zona Leste de Manaus, onde estava vivendo como mendigo e recebia ajuda de uma família. "Ontem, quando ele saiu para pegar alimentos, conseguimos prendê-lo", relatou o delegado.

Após ter matado a adolescente, o homem passou a ligar para a mãe da vítima e fazer ameaças. "No dia em que matou a enteada, mandou mensagem para a ex-companheira para que ela fosse buscar o corpo da filha, disse que ela sentiria dor e ameaçou matar os pais da ex-companheira", afirmou a delegada adjunta da DEHS, Marília Campelo.

Carlos foi autuado pelo crime de feminícidio. Ele será encaminhado para o Centro de Recebimento e Triagem (CRT), onde ficará à disposição da Justiça. "A família que estava ajudando será responsabilizada por favorecimento pessoal", afirmou o delegado Ricardo Cunha.

Morte

Jennifer Vitória Magno Soares,  15 anos, foi encontrada morta, no dia 1º de agosto, na casa do padrasto, na Comunidade Santa Inês, no Jorge Teixeira, na zona Leste de Manaus. De acordo com a perícia, ela foi assassinada pelo pai adotivo com nove facadas.

Segundo a polícia, a menina trajava apenas uma blusa e estava sem roupa na parte de baixo. A vítima foi encontrada por parentes do suspeito, no casebre onde Jennifer já tinha morado junto com a mãe e o homem.

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