A Justiça do Amazonas condenou Leonardo Oliveira Santos e o pai, Adauto do Carmo Santos Júnior, a pagar R$ 400 mil por danos morais à família de Andreia Trindade, morta após ser atropelada em um ponto de ônibus em dezembro de 2022. A sentença é assinada pelo juiz Roberto Hermidas de Aragão Filho, da 11ª Vara Cível e de Acidentes de Trabalho da Comarca de Manaus.
Além da indenização, a decisão determina o pagamento de pensão mensal no valor total de R$ 1,2 mil: R$ 400 para Edson Thiago, filho da vítima, até outubro de 2031, e R$ 800 para o marido, Edson Reis, até abril de 2055, ou até o falecimento dos beneficiários.
O pagamento é retroativo a dezembro de 2022, mês do acidente. Do montante total, serão descontados R$ 15 mil já pagos de forma extrajudicial.
Em julho de 2024, Leonardo dos Santos foi condenado a três anos, oito meses e 12 dias de detenção por homicídio culposo — quando não há intenção de matar. A pena foi agravada por o crime ter ocorrido na calçada, onde estavam as vítimas, e pelo fato de o motorista ter fugido sem prestar socorro.
O caso
O atropelamento aconteceu no dia 26 de dezembro de 2022, por volta das 6h40, na avenida Coronel Teixeira, zona oeste de Manaus. Leonardo conduzia uma picape quando perdeu o controle e invadiu a calçada, atingindo o ponto de ônibus onde estavam Andreia Trindade e o marido, Edson Reis. Com o impacto, Edson sofreu ferimentos, enquanto Andreia foi atingida com gravidade e morreu no local.
Após o acidente, o motorista fugiu em alta velocidade e só se apresentou à polícia dois dias depois. Em depoimento, negou ter ingerido álcool e alegou que estava cansado, pois havia passado a noite na casa de um amigo. Disse ainda que acordou com o impacto, mas não percebeu o que havia ocorrido e seguiu viagem.
O carro envolvido no atropelamento pertencia ao empresário Adauto do Carmo Santos Júnior, dono de uma locadora de veículos no bairro Alvorada, zona oeste da capital.