O preço do pão no Amazonas deve aumentar entre 12% e 15% até o final do mês de junho . É o que acredita o presidente do Sindicato da Indústria de Massas Alimentícias e Biscoitos de Manaus, Américo Esteves. De acordo com ele, 50% do trigo que o Brasil consome é importado e boa parte vem da Argentina, mas com a quebra de safra do país vizinho, a materia-prima está vindo dos Estados Unidos e Europa, onde não há isenção de impostos. “Então além da tributação maior, a alta do dólar também agrava o valor dos produtos”, afirmou ao Portal D24AM.
Com a pressão do preço do trigo, a margem de lucro das indústrias de massas e biscoitos fica ainda mais achatada e a alternativa é empregar cada vez menos pessoas e diminuir a produção. No Estado, são sete empresas, três na capital e quatro no interior, que empregam entre 400 e 500 pessoas, direta e indiretamente, segundo o sindicato. Atualmente a capacidade de produção está em 70% com 30% de ociosidade.
O presidente do Sindicato das Indústrias de Panificação e Confeitaria do Amazonas (Sindpan), Carlos Azevedo, afirma que se o dólar continuar variando os empresários não terão como segurar o preço até o fim do mês. “Vamos avaliar até lá, mas é preciso entender que depende do custo de cada empresa, uma padaria menor em uma área menos nobre tem um custo menor, por isso o pão francês varia de R$ 5 a R$ 14,90, em Manaus”, disse ao D24AM.
Azevedo conta que no mês passado houve aumento de 5% no valor do trigo, em 16 de maio mais 5% e até o fim do mês devem aumentar mais 5%. “O mercado está muito variável, então não vai ser um aumento pontual, comum, mas de acordo com a necessidade de cada empresa”, destaca.
Atualmente, de acordo com o registro de empresas há aproximadamente 1,4 mil empresas panificadoras, em Manaus, segundo o Sindpan.