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Parlamentares percorrem BR-319, fiscalizam obras já em andamento e mostram cronograma

Senadores acompanham obras em andamento e condições geográficas reforçam viabilidade da reconstrução. Trecho do meio é o principal entrave

Eduardo e Omar acompanham as obras já em andamento - Foto: Pablo Brandão

A caravana que percorre a BR-319 — a principal ligação terrestre entre Manaus e Porto Velho — ganhou peso político neste sábado (13). Os senadores Eduardo Braga (MDB-AM) e Omar Aziz (PSD-AM), acompanhados do deputado federal licenciado Saullo Vianna (União-AM), percorreram de Manaus a Humaitá para expor a realidade da estrada e reforçar a urgência de sua revitalização.

O grupo registrou pontos de atoleiro, balsas e pontes em situação precária e visitou frentes de obra no Lote C, entre os quilômetros 198 e 250. Ao longo do caminho, também ouviu moradores e trabalhadores que dependem da rodovia para escoar produção e acessar serviços básicos.

Braga: “Nunca tivemos um momento tão positivo”

O senador Eduardo Braga destacou que os investimentos em curso sinalizam que o licenciamento ambiental do trecho do meio — o ponto mais delicado da BR-319 — está mais próximo de ser viabilizado.

“O governo federal, ao fazer os investimentos que está fazendo aqui, dá uma demonstração inequívoca de que estamos no caminho certo. É óbvio que ainda tem muita luta, mas eu estou mais otimista do que nunca”, afirmou.

Braga lembrou que há 45 anos o trecho entre o quilômetro 250 e o 198 não via asfalto e detalhou avanços já em andamento.

“Estamos asfaltando do quilômetro 198 ao 250, entregando as pontes do Rio Curuçá e do Altar Mirim, e vamos iniciar a ponte do Igapóçu. Isso já reduz muito o sofrimento do povo”, acrescentou, sem esconder o tom confiante: “Eu sou suspeito para ser otimista, mas nunca tivemos um momento tão positivo na BR-319 como agora. Chega de factoide, de mentira, de palanque. Vamos entregar ao povo o que o povo precisa.”

Omar: "Geografia dificulta desmatamento"

Já o senador Omar Aziz focou no argumento ambiental. Ele ressaltou que grande parte do trecho do meio é formada por áreas alagadiças e charcos, o que inviabiliza a exploração econômica predatória.

“São terras alagadiças, charcos. Não tem como produzir absolutamente nada, nem desmatar. Esse trecho vai ser permanente dessa forma”, destacou.

Omar lembrou que a BR-319 já foi asfaltada nas décadas de 1970 e 1980 e questionou a resistência de setores de fora do Amazonas.

“Essa viagem é para mostrar, principalmente para críticos de fora, que insistem em não permitir que a gente tenha essa estrada asfaltada, quando ela já foi asfaltada na década de 70, 80”, reforçou.
Comitiva na BR-319

Saullo: "Desenvolvimento com responsabilidade"

O deputado federal licenciado Saullo Vianna reforçou que a reconstrução da BR-319 é essencial para integrar o Amazonas ao restante do país e melhorar a vida de quem vive na região, mas defendeu que a obra seja feita de maneira sustentável.

“Queremos mostrar a realidade da BR-319 porque ela não pode continuar sendo apenas promessa. Essa estrada é sinônimo de dignidade, de integração e de oportunidade para milhares de famílias do Amazonas. O que queremos é avançar com responsabilidade, garantindo desenvolvimento sem abrir mão da preservação ambiental”, afirmou.

Saullo citou a BR-307, no Alto Solimões, como exemplo de estrada construída com responsabilidade ambiental, sem estimular grilagem ou desmatamento, modelo que defende para a BR-319.

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O trecho do meio

O trecho do meio é a parte central da BR-319, com aproximadamente 405 quilômetros, entre os quilômetros 250 (Careiro Castanho) e 655 (Humaitá).

É a área mais crítica da rodovia, marcada por solos instáveis, igarapés, charcos e áreas de várzea, o que dificulta tanto o tráfego quanto as obras de engenharia.

Por essas características, o licenciamento ambiental é mais rigoroso.
Enquanto os lotes C e L, nas extremidades, já recebem obras de pavimentação e manutenção, o trecho do meio continua sem asfalto contínuo e depende da liberação do Ibama e de outras instâncias para avançar.

Com a caravana, Braga, Omar e Saullo Vianna buscam dar visibilidade a essas condições e conscientizar os órgãos por um licenciamento ambiental especial, defendendo que a revitalização seja feita com responsabilidade e que a BR-319 deixe de ser apenas promessa.

Obras de asfaltamento do quilômetro 198 ao 250
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