A prefeita Patrícia Lopes (MDB) se reuniu com o cacique Mario Parywe, líder geral do povo Waimiri-Atroari e presidente da Associação Comunitária Waimiri-Atroari (ACWA), e outras lideranças das 81 aldeias, onde vivem os indígenas da etnia, para colocar a administração municipal à disposição dos Waimiri-Atroari. Durante a construção da BR-174, nos anos 1970, foi praticamente dizimado, em um dos capítulos mais tristes da história do Brasil.
A reunião foi intermediada pelo coordenador do programa de Proteção Etnoambiental Waimiri-Atroari, Marcelo de Sousa Cavalcante e aconteceu na sede do programa, localizada na avenida Mario Ypiranga Monteiro, em Manaus. O programa é fruto de um convênio entre as Centrais Elétricas do Norte do Brasil S/A (Eletronorte) e a Fundação Nacional dos Povos Indígenas (Funai), firmado, a partir da construção da Hidrelétrica de Balbina, no município de Presidente Figueiredo, para mitigar os impactos ambientais gerados à comunidade Waimiri-Atroari.
“Foi uma agenda muito importante e enriquecedora, que me permitiu conhecer mais de perto as demandas e as expectativas dos índios Waimiri-Atroari e reafirmar meu compromisso com a defesa dos direitos humanos e dos povos tradicionais. Como gestora, tenho a responsabilidade de garantir que, todos tenham acesso a uma vida digna e justa, sem discriminação, violência ou exclusão. E isso só é possível quando há diálogo, respeito e solidariedade”, afirmou Patrícia Lopes.
Durante o encontro, os indígenas relataram algumas dificuldades que enfrentam, especialmente, na área da saúde, e ficou acertado que vão se reunir para elaborar uma pauta comum de todas as aldeias para entregar à prefeita.
“No povo Waimiri-Atroari todas as decisões são tomadas em colegiado, ouvindo os caciques de todas as aldeias”, explica o coordenador do programa, Marcelo Cavalcante, destacando que o encontro foi para estreitar os laços e abrir um canal para futuras parcerias, em projetos de interesses em comum.
Na oportunidade, Patrícia Lopes anunciou que os Waimiri-Atroari terão um espaço reservado, de grande visibilidade, no novo mercado municipal, onde poderão comercializar seu artesanato, que tem na pulseira Waryma Kaha, feita em fibra de arumā, uma das peças mais tradicional e conhecida internacionalmente.