Por volta das 15h40 deste domingo, 29 de junho, o protesto "Justiça Já", convocado pelo ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) e pelo pastor Silas Malafaia, atingiu o pico de movimentação da Avenida Paulista, em São Paulo. Naquele momento, segundo estimativa do Monitor do Debate Político do CEBRAP e da ONG More in Common, havia aproximadamente 12,4 mil pessoas reunidas, com margem de erro de 1,5 mil para mais ou para menos. A matéria é do Terra.
A contagem foi realizada com auxílio de um software de inteligência artificial especializado em análise de multidões, aplicado sobre imagens captadas por drone. Foram ao todo 34 imagens aéreas registradas das 14h às 15h40.
Ato menor do que manifestações anteriores
A adesão ao protesto deste domingo foi significativamente menor do que a de eventos semelhantes realizados ao longo dos últimos anos. Para efeito de comparação, a manifestação organizada por apoiadores de Bolsonaro em 6 de abril, também em defesa da anistia a investigados pelo 8 de janeiro, reuniu cerca de 44,9 mil pessoas, segundo contagem feita com a mesma metodologia.
A menor adesão já foi prevista no próprio discurso do líder do PL na Câmara dos Deputados, Sóstenes Cavalcante. Em fala ao lado de Silas Malafaia e de Bolsonaro, ele elogiou o engajamento dos apoiadores e citou fatores como jogo de futebol e fim de mês. Vale lembrar que o Flamengo joga contra o Bayern de Munique nesta tarde.
“O povo do Estado de São Paulo, e o povo conservador e de direita colocada gente na rua todo dia. Pode ter futebol, pode ser fim de mês, pode ser tudo. Eu desafio a esquerda brasileira a colocar 10% da quantidade de gente que tem aqui hoje”, disse o deputado.
Cavalcante seguiu o discurso reforçando a data: “Parte da imprensa vai dizer que hoje teve menos do que outros. Mas eu quero ver, não existe gente igual a direita conservadora do verde e amarelo para estar no domingo, dia 29, na Paulista, igual vocês”, completou o deputado.