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PF quer ouvir Michelle e Bolsonaro sobre joias sauditas de R$ 16,5 milhões

Casal tentou ficar com as joias de quase R$ 17 milhões. O 'presente' dos árabes entrou no Brasil escondido na mala de um militar.

A pedido do ministro da Justiça, Flávio Dino, a Polícia Federal (PF) vai abrir inquérito nesta segunda-feira (6) para investigar a tentativa de integrantes do governo Jair Bolsonaro (PL) de trazer ilegalmente ao Brasil um conjunto de joias no valor de R$ 16,5 milhões que seria um presente do governo da Arábia Saudita a Michelle Bolsonaro. O ex-presidente e a ex-primeira dama devem ser ouvidos pela PF.

As joias foram apreendidas pela Receita Federal no aeroporto internacional de Guarulhos em outubro de 2021 com um integrante da comitiva do Ministério das Minas e Energia. O pequeno tesourou não foi declarado como item pessoal e nem como presente para o Estado brasileiro.

No cronograma da PF, os primeiros depoimentos seriam dos funcionários da Receita Federal que tiveram envolvimento com a apreensão das peças. Os investigadores creem que é preciso apurar junto a eles quais autoridades e funcionários do antigo governo solicitaram a liberação das joias, o nível de pressão que exerceram e a mando de quem atuaram.

Segundo Dino, devem ser investigados os crimes de descaminho, para driblar o pagamento de impostos com pena de 1 a 4 anos de prisão; peculato, que pune com até 12 anos de prisão servidores que se apoderam de bens públicos; e lavagem dinheiro, com pena de até 10 anos de prisão por ocultação de origem ilícita do bem.

A investigação deve levantar todos os detalhes do caso, e por último ouvir Jair e Michelle Bolsonaro, a ex-primeira-dama que seria destinatária das joias.

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