A Polícia Federal e o presidente do Conselho Distrital de Saúde Indígena Yanomami e Ye'kwana (Condisi-YY), Júnior Hekurari Yanomami, viajaram na manhã desta quarta-feira, 27/04, até a comunidade Aracaçá, onde uma menina ianomâmi, de 12 anos, foi estuprada e morta por garimpeiros, para apurar de perto a denúncia feita por moradores da região. As informações são do G1.
A morte da menina ianomâmi após o estupro foi divulgada na noite de segunda-feira, 25/04, pelo presidente do Condisi-YY. Em um vídeo divulgado nas redes sociais (assista abaixo), Hekurari afirma que, além da morte da menina, uma outra criança ianomâmi desapareceu após cair no rio Uraricoera, que margeia a região.
A comitiva tem, ainda, servidores da Fundação Nacional do Índio (Funai) e do Ministério Público Federal (MPF). A comunidade Aracaçá, onde a menina morava, fica na região de Waikás, no município de Amajari, ao Norte do estado.
A viagem é feita num helicóptero modelo H-60 Black Hawk da Força Aérea Brasileira (FAB). Hekurari informou que o voo deve durar cerca de 1h40. Eles decolaram da capital por volta de 8h15 (9h15 de Brasília).
O acesso à região de Waikás demora cerca de 1h15 de voo saindo de Boa Vista. Para chegar até a comunidade Aracaçá, onde a menina foi estuprada e morreu, são mais 30 minutos de helicóptero ou 5 horas de barco pelo rio Uraricoera. A população da região é 198 indígenas, segundo o Condisi-YY.