A música Porto de Lenha é composta pelo jornalista, publicitário e compositor Zeca Torres, mais conhecido como Torrinho e o escritor e jornalista Aldísio Filgueiras. Foi concebida nos anos 70 e gravada por Torrinho em vinil em 1991 em seu primeiro álbum solo. Após 30 anos do seu primeiro álbum, Torrinho grava clipe da canção que tem a “cara de Manaus” com novo arranjo focado em vocais.
A canção trata-se de uma crítica, pois quase todo o centro histórico de Manaus, inclusive seu porto flutuante sobre o Rio Negro, foi construído pelos ingleses no final do século 19, o período áureo da borracha, daí a frase: o índio e o caboclo jamais terão cara sardenta e olhos azuis apesar das influencias inglesas. A música foi cantada por diversos artistas do Amazonas e outros estados como Márcia Siqueira, Karine Aguiar, David Assayag, Raízes Caboclas, Zezinho Côrrea, Cláudio Nucci, Boca Livre, Nilson Chaves dentre outros e também em diversos ritmos como jazz, rock e sertanejo.
"Porto de Lenha para mim é uma canção extremamente importante para nossa região amazônica com uma mensagem genial. Primeira vez que ouvi em Manaus foi com o grupo Raízes Caboclas e posteriormente com o Zeca Torres, foi extremamente emocionante ver o público todo cantando junto. É uma música linda, letra maravilhosa e é sempre muito legal poder ouvir essa canção" diz o compositor paraense Nilson Chaves.
“Porto de lenha se tornou um hino de resistência cultural, um chamado para a valorização do que é nosso! Não precisamos ser Liverpool, precisamos ser o que somos.” Disse a cantora Amazonense Márcia Siqueira.
Os artistas Zeca Torres (Torrinho) e o grupo carioca Subversos gravaram clipe da música Porto de Lenha com arranjos do compositor e arranjador Paulo Malagutti Pauleira que também fez o piano e os músicos Alex Rocha (contrabaixo), Diego Zangado (bateria). Justamente com a nova gravação da canção veio à jovialidade do Subversos que é um grupo vocal com uma proposta artística diferenciada e inovadora que une música brasileira, percussão corporal, improvisação e outras formas inusitadas de se fazer música. Seu som é formado por dez vozes entre femininas e masculinas, utilizando a percussão corporal. Fundado em 2013 no Rio de Janeiro por Nayana Torres e Bia Santoro, a trajetória do grupo inclui uma extensa apresentação de shows, shows-oficina, prêmios, participação em concursos, além da presença em TV.
Destacam-se: 3º Lugar no Concurso de Novos Grupos Vocais do Brasil Vocal, Promovido pelo CCBB RJ – dezembro de 2014; Semifinalista da competição no quadro à Capella, exibido ao vivo no programa Domingão do Faustão, no canal Rede Globo – Março de 2016. Devido à qualidade musical e inovação o Subversos recebeu reconhecimento do seu trabalho por artistas consagrados na MPB, como Chico Buarque, Joyce Moreno, Zé Renato, Tom Zé, dentre outros.
A gravação do clipe teve a direção e roteiro de Rodrigo Séllos, produção de Ana Priscilla Santos e contou com o apoio do Prêmio Feliciano Lana, Governo do Estado do Amazonas, Marjom, Fiocruz, Amazonas Cultura de Valor, Secretaria de Cultura e Economia Criativa, Secretaria Especial da Cultura, Ministério do Turismo e Governo Federal.
“Porto de Lenha é uma canção datada, que compus nos anos 70, quando muitos turistas ainda aportavam de seus cruzeiros em navios na capital em busca de gastar seus Cruzeiros ($) em quinquilharias importadas no porto livre da Zona Franca. Apesar de antiga, ainda hoje é muito cantada, inclusive por jovens que nem eram nascidos quando foi composta. É considerada uma espécie de "hino informal" de Manaus” cita o compositor Torrinho.
Além disso, o áudio estará disponibilizado em todas as plataformas de músicas como Spotify, Deezer e etc.