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A Prefeitura de Manaus anunciou que 300 novos ônibus convencionais devem ser incorporados ao transporte coletivo público a partir de junho de 2020. Oito deles, modernos e com ar-condicionado, já estão em circulação em caráter experimental. “Manaus merece um sistema de transporte coletivo melhor e eu não posso deixar o governo com esse passivo”, disse o prefeito Arthur Virgílio Neto, nesta quinta-feira, 23/1, ao apresentar as principais medidas da intervenção no sistema.

Entre as ações anunciadas pelo prefeito estão a implantação do Comitê Gestor do Sistema de Bilhetagem Eletrônica, em substituição ao controle da intervenção; a reforma dos terminais de integração, incluindo o T1; reativação de corredores exclusivos para ônibus; licitação dos executivos e alternativos; além de melhoria na governança do Instituto Municipal de Mobilidade Urbana (IMMU), presidido pelo ex-interventor do sistema, Francisco Bezerra.

“Em respeito à Câmara Municipal de Manaus, todos os números do relatório final de intervenção serão discutidos e avaliados junto aos colegas vereadores, quando se iniciar o ano legislativo”, informou Arthur. “Vamos entregar dois grandes anéis viários, no Manoa e na avenida Constantino Nery, e queremos um regime novo transporte coletivo, com melhorias efetivas aos usuários”, declarou o prefeito na sala de reunião de seu gabinete na sede da Prefeitura de Manaus, no bairro Compensa, zona Oeste, com a presença de empresários, políticos, rodoviários, gestores e imprensa.

No período 180 dias, de 22/7/2019 a 20/1/2020, enquanto durou a intervenção financeira no Sistema de Transporte Coletivo, prevista nos decretos 4.503, de 22 de julho de 2019, e 4.525, de 6 de agosto de 2019, a prefeitura operou, aproximadamente, R$ 204,7 milhões, oriundos do Sistema de Bilhetagem Eletrônica (SBE). Desse total, R$ 61,8 milhões representam o aporte feito pelo tesouro municipal para que se pudesse promover o equilíbrio nas contas do sistema.

Os recursos foram utilizados, quase que em sua totalidade, para o pagamento salarial dos funcionários das empresas de transporte, que pôs fim às constantes paralisações dos rodoviários. “Na intervenção, nossa prioridade foi pagar em dia os trabalhadores do sistema. Aliás, a primeira coisa que se faz para um governo dar certo é o ajuste financeiro e Manaus é exemplo nesse quesito”, justificou o prefeito Arthur.

Outras despesas pagas com os recursos da intervenção foram na aquisição de combustível, pagamento dos alternativos, entre outros custos operacionais do transporte coletivo. “Fizemos tudo com o valor arrecadado pelas passagens atuais. Aumento da tarifa não está na cogitação de ninguém aqui, isso mudou muito na nossa gestão”, disse o prefeito, completando que é preciso “universalizar” o uso do cartão eletrônico para pagamento da tarifa, pondo fim à falta de troco.

Resumo das medidas a serem implantadas

– Implantação do Comitê Gestor do Sistema de Bilhetagem Eletrônica, em substituição ao controle da intervenção;

– Reforma dos terminais de integração T1, T3, T4 e T5;

– Readequação de 16 plataformas localizadas nos canteiros centrais;

– Construção de três novas estações de transferência: Parque das Nações, Arena e Santos Dumont;

– Renovação da Frota, com a entrega de 300 ônibus novos;

– Licitação dos executivos/alternativos;

– Reativação da Faixa Azul;

– Implementação de medidas de governança no IMMU;

– Implementação de medidas de governança no Sistema de Transporte Coletivo.

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