A prefeitura de Presidente Figueiredo realizou, nesta quarta-feira (16/08), a abertura da Campanha Agosto Lilás, de conscientização pelo fim da violência doméstica contra a mulher. Coordenado pela Secretaria Extraordinária de Políticas Públicas para as Mulheres (SEPM), o evento reuniu, no auditório da prefeitura, representantes das instituições que, junto com o poder executivo municipal, prestam acolhimento, dão apoio e proteção às vítimas de violência, por meio do programa Ronda Mulher Segura Família Feliz, implantado em 2021 pela prefeita Patrícia Lopes.
“Estamos aqui, hoje, para em nome da prefeita Patrícia Lopes, reforçar o compromisso dessa gestão, com o enfretamento à violência contra a mulher. Temos uma rede bem estruturada, com canais de denúncias anônimas, como o disque denúncia (92) 984559380, do Centro Integrado de Comando e Controle (CICC), o 190 da Policia Militar e 180 (nacional), e profissionais capacitados para oferecer acolhimento, fazer os encaminhamentos necessários, para que essas mulheres possam retomar suas vidas longe do agressor e seguir em frente, com dignidade, segurança e cidadania”, disse a titular da SEPM, Ieda Nicácio.
A secretária destacou, ainda, a importância do programa Ronda Mulher Segura, Família Feliz, idealizado pela prefeita Patrícia Lopes, e que conta com a participação de instituições como as policias Civil e Militar, Conselho Tutelar, Guarda Municipal, Promotoria de Justiça, Defensoria Pública e várias secretarias municipais, como a de Políticas Públicas para as Mulheres, Assistência Social e Cidadania (Semasc), Saúde (Sems), Educação (Semed), entre outras.
“Conscientizar a sociedade, defender e acolher essas mulheres vítimas de violência, é uma determinação da prefeita Patrícia Lopes, seguida por toda a gestão municipal, que trabalha de forma coordenada, unida e coesa”, enfatizou Ieda Nicácio.
A secretária de Assistência Social e Cidadania, Irene Maria dos Santos Araújo, destacou os investimentos realizados pela gestão Patrícia Lopes para reforçar as equipes de profissionais, que atuam no atendimento psicossocial às vítimas de violência doméstica, no Centro de Referência Especializado de Assistência Social (Creas), onde funciona também o Espaço Acolher, uma casa de passagem onde as mulheres podem se hospedar, até que possam retomar sua vida, longe do agressor e em segurança.
A dona de casa Francimara Nogueira, de 23 anos, mãe de dois meninos, um com cinco e outro com seis anos, moradora da Comunidade Cristo Rei (km 28 da AM 240 – Estrada de Balbina), vítima de tentativa de feminicídio, fez um depoimento emocionante sobre a importância que a rede de apoio à mulher, vítima de violência doméstica, da prefeitura teve para que pudesse recomeçar a sua vida, depois que foi agredida com golpes de terçado pelo antigo companheiro.
“Encontrei acolhimento, moradia, alimentação, assistência jurídica, ainda recebemos acompanhamento psicossocial. Ganhei uma nova vida, trabalho e recebo o apoio que preciso para cuidar dos meus filhos. Ainda tenho medo, mas, me sinto mais segura, protegida”, afirmou.
A representante da Secretaria Estadual de Justiça e Cidadania (Sejusc), Nora Pinheiro, coordenadora de Promoção da Igualdade pro mundo do Trabalho e Autonomia Econômica da pasta, parabenizou a prefeitura de Presidente Figueiredo pela rede de apoio montada, para cuidar e defender a mulher vítima de violência doméstica.
“A estrutura que vocês montaram aqui é rara de ser encontrada no interior do Amazonas. Vocês estão de parabéns. Contem sempre com nosso apoio”, afirmou.
Não podemos calar
A coordenadora do Creas, Rosangela Melo, fez um apelo para que família, vizinhos, a sociedade de modo geral, não fique omissa quando presenciar um caso de violência doméstica, para evitar que o caso evolua para um feminicídio.
“Não podemos nos calar. É pra meter a colher, sim. A intervenção da sociedade, da polícia, do profissional de saúde, da família, de todos, é fundamental para evitar que feminicídio aconteça e tantas vidas sejam destruídas”, apelou.
Na mesma linha, o comandante da Polícia Militar em Presidente Figueiredo, Wener Vieira dos Santos falou “Não podemos nos calar; assim, como não podemos deixar de trazer consciência para a sociedade sobre o combate à violência contra a mulher. Crianças, pais, família, as próprias mulheres precisam ter consciência sobre as formas de violência e de que, não podemos ser omissos. É preciso denunciar”, enfatizou.
O padre Marcos Antonio Cardoso, pároco da igreja matriz de Presidente Figueiredo, citou, além da violência física a que as mulheres são submetidas, existem os casos de assédio e importunação sexual e reforçou a importância do envolvimento da sociedade no combate à violência contra a mulher.
Palestra nas escolas
Durante toda a última quinzena de agosto, período da campanha, as equipes de assistentes sociais, psicólogos e outros profissionais de secretarias municipais e instituições parceiras da rede proteção às mulheres, vítimas de violência doméstica, vão percorrer as escolas do município, ministrando palestras sobre o tema, para alunos do ensino médio e do Ensino de Jovens e Adultos (EJA).