O pastor evangélico Jonatas Câmara, presidente da Igreja Assembleia de Deus no Amazonas (IEADAM), manifestou apoio à possível indicação do ministro Jorge Messias, atual chefe da Advocacia-Geral da União (AGU), ao Supremo Tribunal Federal (STF). O nome de Messias vem sendo considerado pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) para ocupar a vaga deixada por Luís Roberto Barroso, que antecipou sua aposentadoria. A matéria é do site Onda Digital.
Em uma nota divulgada nos perfis oficiais da IEADAM e do deputado federal Silas Câmara (Republicanos), irmão do pastor, Jonatas destacou a satisfação pela escolha de “nosso irmão em Cristo Jesus” para a Corte. Ele afirmou que Messias é um homem “forjado no conhecimento jurídico e bíblico, competente e um cristão evangélico autêntico”.
“Portanto, posso afirmar, pelo que conheço e vi, que temos um homem preparado, forjado no conhecimento jurídico e bíblico, competente, e que, além de tantas qualidades, é um cristão evangélico autêntico, nosso irmão na fé e no Senhor Jesus Cristo. Com desejo de que a escolha seja consolidada neste sentido; declaro apoio irrestrito a essa indicação que honrará nosso segmento cristão e evangélico”, escreveu o pastor.
A formalização do nome de Jorge Messias é aguardada ainda nesta semana. Após o anúncio, o ministro deverá passar por sabatina no Senado Federal, etapa que confirma ou rejeita a indicação.
Apesar da distância entre o governo Lula e parte do eleitorado evangélico, o nome de Messias é bem-visto dentro do Partido dos Trabalhadores (PT) e considerado o mais próximo politicamente do presidente. Outros cotados foram o senador Rodrigo Pacheco (PSD) e o ministro do Tribunal de Contas da União (TCU), Bruno Dantas.
Com 45 anos, Messias poderá permanecer no STF até 2055, caso a nomeação se concretize. Diante das especulações, Messias declarou que ainda não foi oficialmente convidado.
Próximas mudanças no STF
Nos próximos anos, o STF passará por mudanças graduais com as aposentadorias de Luiz Fux, em 2028, Cármen Lúcia, em 2029, e Gilmar Mendes, em 2030. O cenário abre espaço para que o próximo presidente da República indique três novos ministros, redesenhando o perfil da Corte.
Uma eventual reeleição de Lula em 2026 permitiria que o petista concluísse o segundo mandato com seis indicações ao Supremo, alcançando maioria na composição e consolidando um legado jurídico de longo prazo.
