A Polícia Civil do Amazonas (PC-AM), por meio do 13° Distrito Integrado de Polícia (DIP), deflagrou nesta quarta-feira (14), a Operação Esfinge, que resultou no cumprimento de mandados de prisão e busca e apreensão contra integrantes de uma organização criminosa responsável por lucrar mais de R$ 50 milhões aplicando golpes em funcionários públicos do Amazonas, por meio da modalidade de pirâmide financeira.
A ação ocorreu em Manaus, com o apoio da Secretaria Executiva-Adjunta de Inteligência (Seai), e nos estados do Rio de Janeiro, Santa Catarina e Sergipe.
Em coletiva de imprensa na sede da Delegacia Geral (DG), bairro Dom Pedro, zona centro-oeste da capital, o delegado Alessandro Albino, diretor do Departamento de Polícia Metropolitana (DPM), destacou que as investigações já estavam sendo realizadas há mais de um ano pelo 13° DIP.
“Hoje apresentamos mais um resultado positivo da Polícia Civil que culminou na desarticulação dessa organização criminosa que causou grande prejuízo às vítimas”, disse Albino.
Conforme o delegado Cícero Túlio, titular do 13° DIP, as investigações apontaram que a organização criminosa era responsável pela abertura de dezenas de empresas que serviam como base para lavagem de capitais, gerenciada como esquema de pirâmide financeira e acabavam cooptando servidores públicos do estado do Amazonas, que eram induzidos a contrair empréstimos consignados.
“Os infratores conseguiram acesso às margens consignadas dos servidores públicos e, desta forma, os induziam a contratar um empréstimo. Posteriormente os valores eram repassados para empresas bases e escoados nas demais instituições criadas pelo grupo para dificultar e dissimular a questão da lavagem do dinheiro”, informou Cícero Túlio.
Ainda conforme a autoridade policial, eles usufruíram de boa parte dos capitais com a aquisição de veículos de luxo, imóveis, realização de eventos milionários e viagens internacionais.
Ao todo foram cumpridos 19 mandados judiciais, sendo 14 em Manaus, que resultaram nas prisões de oito pessoas; além de cinco presos no Rio de Janeiro; um em Santa Catarina e outro em Sergipe.
Procedimentos
Todos responderão por organização criminosa, estelionato, crimes contra a ordem econômica, relações de consumo, ordem tributária, sistema financeiro, além de falsidade ideológica e fraude processual. Eles serão encaminhados à audiência de custódia e ficarão à disposição da Justiça.