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Presos suspeitos de organizar rinhas de galo e ameaçar deputada do AM

Petrus Cartaxo Araújo Sobrinho, vulgo Pisca, é o principal acusado de instrigar pessoas para ameaçar a deputada

Quatro suspeitos de organizar rinhas de galo pelo país e ameaçar a deputada estadual Joana Darc (UB) nas redes sociais foram presos nesta quinta-feira (2). A operação foi uma colaboração da Polícia Civil dos estados do Amazonas, Paraíba, Minas Gerais e Roraima.

Petrus Cartaxo Araújo Sobrinho, vulgo Pisca, Dionedio Conrado da Silva (árbitro da rinha e presidente da Associação dos Criadores, Preservadores e Expositores de Aves da Raça Mura do Estado do Amazonas), Miller Kalil (rinheiro e sócio de Pisca) e Jeberson Nunes de Sousa Carvalho (proprietário do imóvel disponibilizado para a rinha), vulgo Gansolino, foram presos após um mandado de prisão.

Pisca, é o principal acusado de instigar pessoas para adotar as ameaças à deputada Joana Darc nas redes sociais, incluindo comentários com conotação de morte, ofensas ao trabalho da parlamentar na causa animal, como mulher, mãe e, também, mensagens de ódio ao filho, uma criança com Síndrome de Down.

Pisca foi investigado e preso pelos crimes de incitação ao ódio, apologia ao crime, injúria, ameaça, calúnia, perseguição e violência psicológica contra a mulher, cujo polo passivo está representado pela coletividade e pela deputada do Amazonas Joana Darc, a qual estava sendo atacada diuturnamente pelos suspeitos. Ele foi preso em  Cabedelo, na Região Metropolitana de João Pessoa (PB).

Vale ressaltar que Pisca ainda divulgou, por meio de suas redes sociais, um grupo de WhatsApp criado para operacionalizar o resgate do seu galo mais valioso, denominado “Rampage”, com a participação de 948 (novecentos e quarenta e oito) membros, incitando a prática criminosa.

Outros presos

A prisão de Miller Kalil se deu aos eventos de rinha de galo, como sócio de Pisca, ao aparecer em vídeo, por ele próprio divulgado em suas redes sociais, oferecendo uma rifa de um galo dos torneios de rinha de âmbito nacional, pelo valor de 0,80 (oitenta centavos), demonstrando total convicção de impunidade pela participação nos eventos criminosos de rinha de galo. Ele foi preso em Valadares (MG).

Já o árbitro Dionedio Conrado foi preso, em Manaus (AM), após endossar a sua participação no crime de associação criminosa, maus-tratos aos animais e exploração de jogos de azar. Importante ressaltar que após se apresentar como presidente da Associação, uma investigação foi realizada e constataram que a referida associação não possui registro nos órgãos competentes.

Por sua vez, Gansolino foi preso, em Boa Vista (RR), por associação criminosa, na exploração de jogos de azar e nos maus-tratos ao animais, sendo apontado em denúncia anônima como o proprietário do imóvel onde ocorreu o evento de rinha de galo nos dias 26 e 27/01/2024, posando em fotos.

Relembre o caso

No dia 27 de janeiro de 2024, o Batalhão de Policiamento Ambiental do Amazonas (BPAmb) desmantelou uma rinha nacional de galos no ramal do Pau Rosa, localizado na BR-174, no Amazonas, após uma denúncia anônima à Comissão de Proteção aos Animais da Assembleia Legislativa do Amazonas (CPAMA-Aleam), presidida pela deputada Joana Darc.

Na operação, mais de 80 galos foram apreendidos e resgatados pelos policiais, resultando na detenção de cerca de 16 ‘rinheiros’. De acordo com informações colhidas no local, os organizadores das rinhas eram de Boa Vista (RR) e cobravam 100 reais por pessoa para a entrada, com apostas mínimas variando de 500 reais a 20 mil reais. Vale lembrar que no local ainda foram encontrados animais mortos, devido a briga em torneios.

Rinha de animais é crime

A Lei Estadual nº 6.423/2023 proíbe a prática de brigas (rinhas) de animais silvestres, domésticos ou domesticados, nativos ou exóticos no Amazonas. O alojamento dos animais encontrados era um espaço pequeno, gradeado e sem a devida limpeza e alimentação. Segundo a legislação, a pessoa que for denunciada e condenada por praticar rinha, será multada no valor de R$ 1,5 mil,, podendo chegar até R$ 20 mil, dependendo da infração e do estado do animal.


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