Três anos depois, período em que o mundo enfrentou uma das páginas mais tristes de dua história - pandemia de Covid-19 -, a procissão de São Jorge voltou a percorrer as ruas estreitas e pontilhadas de ladeiras do bairo que homenageia o Santo Guerreito, neste domingo, 23 de abril, Dia de São Jorge.
No anos em que as atividades da paróquia foram suspensas devido às restrições de saúde, o dia do padroeiro foi festejado apenas com careatas. Mas, neste domingo ensolarado e de forte calor, o cortejo religioso voltou a ganhar as ruas do bairro, partindo da paroquia, na rua Emilio Ruas, às 17h pontualmente.
As celebrações pelo dia do padroeiro começaram bem cedo com louvores ao santo da Capadócia a partir dss 6h, com a primeira celebração do dia. No início da tarde, a igreja ficou repleta de fiéis orando e cantando hinos sacros em louvor a São Jorge.
No final da tarde, seguida por aproximadamente 1.500 pessoas, o Ondor deixiu a igreja e, seguida pelos devotos, iniciou a peregrinação por algumas das principais ruas do bairro, entoando até músicas de idolos da MPB com viés religioso, como “Jesus Cristo”, de Roberto Carlos e “Anunciação”, de Alceu Valença.
Depois de percorrer cinco ruas no tempo de aproximadamente 1h20m, o andor com a imagem do Santo, carregado pelos 'guerreiros de São Jorge', retornou à paróquia, quando a noite já começava a cair.
Até os dias de hoje a imagem de São Jorge sobre seu cavalo branco, combatendo o dragão do mal, não é permitida ocupar o principal altar de sua própria igreja. Isto porque, decreto assinado pelo papa Paulo 6º , em 1969, retirou do culto universal alguns dos mais populares santos da Igreja. No caso, São Jorge, São Cristóvão e São Nicolau, em virtude das “dúvidas que cercam suas existências”.
Apesar de tudo, Jorge é um dos santos mais venerados no Brasil por adeptos da Igreja católica e igreja ortodoxa. Inclusive pela igreja Anglicana e a Umbanda.