O projeto Academia Stem, desenvolvido pela Escola Superior de Tecnologia da Universidade do Estado do Amazonas (EST/UEA) com incentivo da empresa Samsung via Lei de Informática, já alcançou mais de 30 mil pessoas em todo o país, nos últimos cinco anos, por meio de capacitações presenciais, híbridas e virtuais.
Criado em março de 2020, o projeto de Pesquisa, Desenvolvimento e Inovação (PD&I) também capacitou cerca de 4,5 mil alunos do Ensino Médio e 900 acadêmicos, com mais de 50 cursos. O objetivo do Academia Stem é fortalecer a formação de estudantes das Engenharias e Tecnologia na UEA, além de atrair novos alunos para uma área que demanda mão de obra qualificada.
O diretor da EST/UEA e coordenador-geral do projeto, Prof. Dr. Jucimar Maia Júnior, afirma que os estudantes capacitados pelo Academia Stem estão em sintonia com as necessidades das empresas do Polo Industrial de Manaus (PIM), o que reforça a posição da universidade como referência em projetos de Pesquisa, Inovação e Desenvolvimento (PD&I).
“Estamos festejando os cinco anos de sucesso do Academia Stem. É um projeto que incentiva a educação, incentiva os jovens a virem para a UEA, colaborando para a mudança de vida das pessoas. Isso só mostra o quanto a EST cresceu e o quanto é, hoje, referência junto ao PIM. Que venham mais indústrias, mais projetos e mais desafios. O Stem não para e é um exemplo a ser seguido”, declara o diretor.
Pilares
O Academia Stem é composto por três pilares, cada um com um foco distinto, sendo: Pilar Atração, de incentivo ao ingresso nos cursos da EST/UEA; Pilar Permanência, com oferta de bolsas de estudo para reduzir a evasão escolar; e o Pilar Excelência, que potencializa a sintonia entre os cursos da instituição com as demandas da indústria local.
O coordenador do Pilar Excelência, Prof. Dr. José Renato, destaca que a ideia de levar os cursos presenciais de capacitação para o meio digital aumentou o número de pessoas alcançadas. Dentre os cursos já oferecidos estão o de gestão de conflitos e de projetos e bionegócios.
“O projeto estava estruturado para ser presencial, mas veio a pandemia em 2020, então, criamos uma série de ações online e uma delas é o podcast Grandes Temas, que atraiu o público de fora do Amazonas também. Chegamos a ter mil pessoas em cursos de capacitação em um único dia. Hoje, fazemos a capacitação híbrida, ou seja, presencial e online. Além disso, há as capacitações convencionais com certificação da UEA”, relembra.
Mais resultados
O Academia Stem funciona num complexo de 1,5 mil metros quadrados e três andares dentro da EST/UEA, com laboratórios, salas de aula, espaços interativos e ambientes de convivência. Possui dois laboratórios móveis instalados em carretas totalmente adaptadas que levam cursos de robótica, programação e indústria 4.0 a alunos do sistema público.
Como reflexo direto das carretas do projeto, 12% das vagas do vestibular da UEA foram ocupadas por alunos de escolas públicas que participaram dessas atividades. Desde 2020, já são 4,5 mil alunos contemplados, oriundos de 175 turmas do Ensino Médio, de 22 unidades de ensino de Manaus e Região Metropolitana.
Além disso, a taxa de evasão dos acadêmicos bolsistas caiu mais que a metade, sendo reduzida de 15,2% para 6,7%. Em cinco anos, o projeto também produziu mais de 160 artigos científicos que foram publicados em revistas científicas e anais de eventos da área.
'Extraordinário'
O balanço atualizado do projeto foi divulgado durante o Stem Summit 2025, evento anual que apresenta os resultados do projeto à sociedade. Na ocasião, alunos do Ensino Médio de diferentes escolas públicas e privadas desenvolveram e apresentaram projetos de robótica, focados em sustentabilidade, inovação e indústria 4.0.
A equipe Tambakicks venceu o concurso com um protótipo dotado de mecanismo para auxiliar no transporte de suprimentos para comunidades isoladas da Amazônia que sofrem com eventos climáticos extremos, como grandes secas e enchentes, além de desastres.
“É o terceiro ano que eu participo do Stem Summit. É uma experiência muito mágica porque a gente tem um contato com uma realidade que na escola não temos. Aqui na EST, temos contato com os mentores e vivenciamos toda a dinâmica universitária. É extraordinário", disse Isabel Moraes (17), representante do grupo premiado.