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Projeto prevê restauração de 70 hectares e fortalecimento da biodiversidade em Manaus

O plano de ação combina o plantio de espécies nativas com o monitoramento

A Restauração Ecológica Produtiva visa recuperar áreas degradadas

A Prefeitura de Manaus, por meio da Secretaria Municipal de Meio Ambiente e Sustentabilidade (Semmas), em parceria com o Instituto de Conservação e Desenvolvimento Sustentável da Amazônia (Idesam), deu início ao projeto de Restauração Ecológica Produtiva, que visa recuperar áreas degradadas, fortalecer a biodiversidade local e gerar renda para comunidades tradicionais.

Ao todo, o projeto prevê a restauração de 70 hectares distribuídos em quatro Unidades de Conservação (UCs) da capital amazonense. O plano de ação combina o plantio de espécies nativas com o monitoramento rigoroso para garantir a sobrevivência das mudas e a regeneração do ecossistema.

“Iniciativas como a de restauração de ecossistemas devem ser fortalecidas entre poder público e outras instituições não governamentais. Assim como outras demandas ambientais, a governança mostra-se como um caminho exitoso na promoção da qualidade de vida da população como um todo a partir do compartilhamento de responsabilidades", destacou a chefe de Divisão de Áreas Protegidas, Angeline Ugarte Amorim.

Dentro do perímetro urbano da capital, o projeto já estabeleceu a meta de 28 hectares em processo de restauração. Mais de sete mil mudas foram selecionadas para o plantio estratégico, com objetivos como a melhoria de habitats, a criação de corredores ecológicos e áreas de refúgio para o sauim-de-coleira, primata símbolo de Manaus que se encontra em perigo de extinção.

"A escala deste projeto é um marco para a região. Estamos trabalhando com o plantio de milhares de mudas selecionadas não apenas para recompor a paisagem, mas para salvar espécies críticas como o sauim-de-coleira, criando corredores que conectam fragmentos florestais. Além disso, a restauração produtiva garante que a floresta em pé gere renda direta para as famílias locais, unindo conservação e desenvolvimento econômico", afirmou o gestor de projetos do Idesam, Vinicius Mutti Bertin.

Desenvolvimento Sustentável no Tupé

A restauração se estende para a zona rural, com 45 hectares dedicados à recuperação na Reserva de Desenvolvimento Sustentável (RDS) do Tupé, localizada na margem esquerda do rio Negro. Nessa região, o projeto assume um caráter de restauração produtiva, com a “Geração de Renda”, que além do ganho ambiental, fomenta negócios vinculados à economia verde, permitindo que a comunidade local se beneficie financeiramente do manejo e da conservação; e a “Recuperação de Passivos”, com áreas degradadas que estão sendo convertidas em sistemas que aliam a floresta em pé com a produtividade sustentável.

O gestor da RDS do Tupé, Marco Antônio Vaz, afirma que o projeto transforma áreas que antes não tinham uso ou que ofereciam riscos geológicos em cinturões verdes. "O foco não é apenas plantar, mas garantir que o animal símbolo da nossa cidade tenha onde circular e se alimentar com segurança", destacou.

Monitoramento

Um dos diferenciais desse projeto é o compromisso com a longevidade. Todas as áreas contempladas, especialmente aquelas consideradas de risco ou sem uso prévio, passarão por um monitoramento técnico por dois anos. Esse acompanhamento garante que as mudas proliferem de forma saudável, combatendo pragas e assegurando que o investimento público e técnico resulte em uma floresta urbana e rural resiliente.

“Por meio do Departamento de Mudanças Climáticas e Áreas Protegidas (DMCAP), Manaus fortalece a proteção de seus ecossistemas, enfrenta os desafios das mudanças climáticas e constrói um futuro mais resiliente, sustentável e justo para as presentes e futuras gerações”, concluiu o engenheiro florestal e diretor do DMCAP, Paulo Roberto de Faria Pinto.

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