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Planta originária da América Latina, com ocorrência no Pará, Amazonas, Acre, Rondônia e Mato Grosso, a pupunheira, cientificamente conhecida como Bactris gasipaes, gera a fruta pupunha, com maior incidência nos meses de janeiro a abril. Rica em vitamina A, em fibras e proteínas, a pupunha é frequentemente consumida depois de cozida em água e sal e reforça o sistema imunológico de quem a consome. A fruta  pode ajudar a prevenir a Covid-19, conforme afirmam especialistas.

“Como é um alimento natural e cheio de vitaminas e sais minerais ajuda a imunidade, e a imunidade é fundamental contra a covid-19. É claro que a imunidade depende de uma série de outros fatores como por exemplo: uma alimentação saudável, sono em dia, atividade física e equilíbrio emocional, mas o consumo da pupunha é um ótimo aliado”, afirma a nutricionista Vânia Guida. Ela também ressalta que a pupunha é rica em vitamina A e a deficiência dessa vitamina e outros nutrientes causa um desequilíbrio no organismo, o que abala a imunidade.

Vânia Guida destaca que a pupunha possui um grande valor na mesa das pessoas que vivem na região amazônica. “A pupunha é um fruto com excelente valor energético e elevado teor de vitamina A, rica em ácido oleico (Ômega 9) e proteína, apresentando em sua composição todos os 20 tipos de aminoácidos que nosso corpo precisa”.

A parintinense Suellen Fonseca não deixa faltar pupunha em casa quando tem oportunidade. “É um dos meus frutos amazônicos favoritos. Quando chega o mês de janeiro eu faço questão de comprar, até porque geralmente o preço baixa”, conta.

A nutricionista Vânia Guida lembra que o cozimento da pupunha, comum para o seu consumo, traz desvantagens. “Com o cozimento, a vitamina C se perde, pois ela é termossensível”.

Com a alta qualidade e o grande consumo da população, os pesquisadores do Instituto Nacional de Pesquisas da Amazônia (Inpa/MCTI), Charles Clement, Warwick Kerr e Lúcia Yuyama em parceria com Rosa Clement e Lygia Kerr, que colecionam e testam receitas desde 1977, lançaram a segunda edição do livro “Cozinhando com Pupunha”, revisada e ampliada, no qual divulgam mais de 50 receitas que abrangem desde o café da manhã às bebidas, sopas, entradas, carnes ou doces, com o uso do fruto.

A publicação também apresenta mais de 20 receitas para o palmito da pupunha e, segundo Clement, o Brasil é o maior consumidor de palmito do mundo e seu plantio cresce anualmente sem um fim visível. As receitas servem para dar opções para a substituição dos palmitos concorrentes (juçara e açaí), apreciados pelos sulistas.

Em “Notas sobre a pupunha”, publicadas no livro, Clement dá ênfase ao objetivo da publicação. “Este livro é uma tentativa de ampliar a aceitação da pupunha entre a população imigrante para a Amazônia, pois esta população é hoje numericamente superior à população nativa [...] que conhece a pupunha. Com maior aceitação popular, os empresários finalmente poderão visualizar um mercado suficientemente atrativo e começarão a atendê-lo”.

O livro pode ser baixado gratuitamente no link abaixo:

http://portal.inpa.gov.br/index.php/editora

Fonte: Jornal Em Tempo

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