Um bebê prematuro, declarado morto pela equipe médica da Maternidade Bárbara Heliodora, apresentou sinais de vida durante o próprio sepultamento em Rio Branco (AC). O recém-nascido, identificado como José Pedro, é filho de Marcos dos Santos Fernandes e Sabrina Souza da Costa, casal natural de Pauini (a 923 quilômetros de Manaus), que estava na capital acreana para tratamento médico.
A família chegaram em Rio Branco na quinta-feira (23/10), após Sabrina apresentar complicações na gravidez. Segundo relato do pai, a gestante deu entrada na maternidade com sangramento, e os médicos decidiram induzir o parto, já que ela estava com cinco meses de gestação. Na noite de sexta-feira (24/10), o parto foi realizado e o bebê nasceu prematuro.
Pouco depois, a médica obstetra, que acompanhou o procedimento, constatou o óbito. De acordo com a declaração de óbito, a morte teria sido por hipóxia intraulterina, uma condição em que o feto não recebe oxigênio suficiente durante a gestação, podendo ser causada por problemas na placenta, no cordão umbilical ou condições maternas como hipertensão e anemia.
O corpo do recém-nascido foi encaminhado ao necrotério. A empresa funerária Morada da Paz foi acionada e preparou o corpo para o velório e enterro.
De acordo com informações, a família já estava reunida para o funeral quando ouviram um choro vindo de dentro do caixão. Ao verificarem, perceberam que o bebê estava vivo. O momento foi registrado em vídeo pelos presentes.
Nova internação
A criança foi levada imediatamente de volta à maternidade. Segundo a Secretaria de Saúde do Acre (Sesacre), o bebê foi reanimado, mas apresentou sinais de hipotermia e foi transferido para a Unidade de Terapia Intensiva (UTI) neonatal. O estado de saúde da criança é considerado gravíssimo.
Em nota, a Sesacre informou que todos os protocolos de reanimação haviam sido seguidos após o parto e que, diante da nova situação, abriu uma apuração interna para investigar as circunstâncias em que o recém-nascido foi dado como morto.
Inquérito
O caso também está sendo investigado pela Polícia Civil, que apura a conduta dos profissionais envolvidos na declaração de óbito. Os médicos que assinaram a declaração de óbito serão ouvidos na delegacia. O inquérito deverá determinar se houve negligência ou falha no procedimento médico.
Veja o vídeo: