O pré-candidato ao governo do Amazonas, deputado estadual Ricardo Nicolau (Solidariedade), afirmou que é possível haver eficiência na gestão pública, mas que para isso, é preciso priorizar os reais problemas de setores como a saúde, a segurança pública e a educação. Com mais de 30 anos de experiência no setor privado, Ricardo Nicolau ressalta que o atual governo é exemplo de má gestão.
“Se você consegue fazer funcionar um hospital privado, o princípio é o mesmo para funcionar bem uma escola ou uma delegacia. Dá para fazer obras e trazer novos investimentos. Administrar é eleger prioridades para que haja eficiência e competência. É preciso saber trabalhar para que o nosso cliente fique satisfeito. E no serviço público, esse ‘cliente’ é a população", disse, durante reunião de prestação de contas do mandato no bairro Santa Etelvina, zona norte de Manaus.
Com 25 anos de vida pública e larga experiência como gestor tanto no setor público quanto no privado, Ricardo Nicolau ingressou na política em 1996, já foi vereador de Manaus e cumpre atualmente o quinto mandato de deputado estadual na Assembleia Legislativa do Amazonas (Aleam), órgão que presidiu entre os anos de 2011 e 2012.
Sobra dinheiro, falta competência
Dados apresentados pelo governo, em audiência pública realizada em junho, revelam que Amazonas arrecadou 31% a mais no primeiro quadrimestre de 2022 (RS 9,5 bilhões) em relação ao mesmo período do ano passado (R$ 7,3 bi). Para Ricardo Nicolau, isso prova que o Estado continua tendo boa saúde financeira, mas não consegue melhorar a qualidade dos serviços públicos, deixando pacientes nas longas filas de espera por cirurgia, por exemplo.
“Governar é eleger prioridades. Se o Amazonas investisse hoje nas prioridades certas, não haveria filas quilométricas na saúde pública nem seríamos o único estado do Brasil com aumento da violência. Há um descompasso enorme entre as receitas e a qualidade das despesas. Muito embora o Estado esteja arrecadando mais, há uma piora nos serviços públicos com a falta de investimentos que impactam o futuro das pessoas. O Estado está arrecadando bem, mas por outro lado, existe um gasto sem planejamento e sem resultado efetivos”, ressaltou.