O Serviço Geológico do Brasil (SGB) divulgou, nessa terça-feira (26), o 34º Boletim de Monitoramento Hidrológico da Bacia do Rio Amazonas. Os dados indicam que os rios monitorados estão em processo de vazante e registram descidas mais intensas na parte sul da bacia.
Em Porto Velho (RO), o rio Madeira registra descidas médias diárias de 16,5 cm e atingiu a marca de 3,18 m na capital, níveis no limite inferior da faixa de normalidade para o período.
“Nessa bacia, o pico de cheia é alcançado normalmente em abril, e portanto, o processo de vazante tem início antecipado se comparado com estações no Solimões, Amazonas e Negro. Somado a isso, há um cenário de chuvas acumuladas abaixo da climatologia na bacia do Madeira e seus formadores”, explica o pesquisador em geociências Andre Martinelli, gerente de Hidrologia e Gestão Territorial da Superintendência Regional de Manaus.
O Boletim de Monitoramento Hidrológico da Bacia do Rio Amazonas é divulgado às terças-feiras na plataforma do Sistema de Alerta Hidrológico.
Em Roraima, na parte norte da bacia do Amazonas, o rio registra quedas médias de 29 cm em Boa Vista (RR) e de 34 cm em Caracaraí (RR). “Apesar das descidas acentuadas, os níveis estão dentro da normalidade para o período”, indica o boletim. As cotas são: 3,12 m e 4,70 m, respectivamente.
Rios no Amazonas
O rio Negro registra descidas médias de 7 cm por dia em Manaus (AM) e está na marca de 27,11 m – nível próximo à normalidade para a época. Em Tabatinga (AM), o rio Solimões apresentou oscilações positivas na última semana, mas voltou a registrar descidas. A marca observada foi de 5,16 m.
O Serviço Geológico do Brasil (SGB) atua em diversas frentes para apoiar estratégias de prevenção de desastres em todo o país. Além da operação dos Sistemas de Alerta Hidrológico, o SGB realiza o mapeamento de áreas de risco, contribuindo para a gestão territorial e a segurança da população. A instituição também oferece o aplicativo Prevenção SGB, que disponibiliza ao cidadão informações sobre áreas com risco de deslizamentos, inundações e outros eventos geohidrológicos.
Outra ação estratégica é a manutenção do Sistema de Informações de Águas Subterrâneas (SIAGAS), que reúne dados sobre poços em todo o território nacional e apoia decisões relacionadas ao abastecimento hídrico em períodos de escassez.
Monitoramento
O monitoramento dos rios é feito a partir de estações, que fazem parte da Rede Hidrometeorológica Nacional (RHN), coordenada pela Agência Nacional de Águas e Saneamento Básico (ANA). O SGB opera cerca de 80% das estações e gera informações que apoiam os sistemas de prevenção de desastres, a gestão dos recursos hídricos e pesquisas. As informações estão disponíveis na plataforma SACE e são atualizadas diariamente.
