Após Manaus registrar a maior vazante da história, o Rio Negro voltou a encher, de acordo com medição oficial do Porto de Manaus. Nos últimos três dias, o rio subiu 17 centímetros e, na manhã desta segunda-feira (30), apontou a marca de 12,87 metros.
O rio vinha secando desde o dia 17 de junho e, neste período, alcançou sua maior seca na história em mais de 120 anos de medição no Porto de Manaus. O trágico recorde é de 12,70 metros.
O processo de estabilização dos níveis dos rios está relacionado às chuvas nos Andes e na região amazônica, que estão com tendência de aumentar segundo prognósticos climáticos. Com as precipitações, rios menores do Alto Solimões começaram a subir de forma lenta e o impacto é sentido em outros rios gradualmente.
"Observamos a subida do Rio Solimões em Tabatinga (AM), e essa água vem percorrendo o leito do rio, passando por outras localidades e agora está influenciando o nível em Manaus, que apesar de se situar no Rio Negro é bastante influenciado pelo Rio Solimões".
O fim da vazante foi registrado na sexta-feira (27), quando o rio manteve o mesmo nível do dia anterior. No sábado (28) e no domingo (29), encheu cinco centímetros em cada dia, e nesta manhã registrou subida de mais sete centímetros.
Apesar do período chuvoso ainda não ter iniciado em Manaus, o início da cheia deve estar relacionado com a subida dos níveis dos rios na região de fronteira do Amazonas com o Peru e a Colômbia.